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Fortaleza descarta cerca de 3 mil toneladas de pneus por mês
Cotidiano

Fortaleza descarta cerca de 3 mil toneladas de pneus por mês

Em dois meses, deve começar a funcionar a segunda usina de reciclagem de pneus do Nordeste. Será instalada em galpão no aterro do Jangurussu. Prefeitura prevê usina de reciclagem de coco e de resíduos da construção civil
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Fortaleza sediará a segunda usina de reciclagem de pneus do Nordeste. O equipamento, que deve começar a funcionar em primeira fase dentro de 60 dias, será instalado em um terreno de 664 m² no aterro do Jangurussu.

 

Ao lado da usina, de acordo com a Prefeitura, será reimplantado o processo de reciclagem de coco, no segundo semestre deste ano. O Executivo Municipal tem ainda a pretensão de, no ano que vem, criar outros três espaços na Capital e Região Metropolitana para reciclar resíduos da construção civil.

[SAIBAMAIS] 

A Cidade descarta cerca de três mil toneladas de pneus por mês. Em 2016, apenas na coleta pública, foram recolhidas 1.976 toneladas. São três caminhões rodando pelo Município, sete dias por semana. Hoje, o destino desse material é o aterro público, medida inadequada dos pontos de vista ambiental e econômico.


A lei que garante cessão do terreno da Prefeitura para o Sistema Sincopeças/Assopeças, que construirá a usina, foi assinada ontem pelo prefeito Roberto Cláudio (PDT). Em dois meses, o local começará a separar o aço e a borracha dos pneus e, posteriormente, deverá produzir matéria-prima da própria borracha. A iniciativa do setor empresarial acontece um ano após a exigência de execução do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).


“Vamos transferir (para a usina) pneus de montadoras, oficinas e lojas de venda de pneus. Ao invés de ficar em áreas verdes, de ser jogado ao relento, na beira de rios, criando um passivo ao meio ambiente e risco à saúde”, afirmou o prefeito Roberto Cláudio.


Empresários

De acordo com o presidente do Sistema Sincopeças/Assopeças, Ranieri Leitão, a ideia é que a usina receba pneus de estados do Norte e Nordeste. “Fomos a São Paulo e vimos o que tinha de melhor e trouxemos a ideia. Também havia o agravante de o frete cobrado para levar os pneus ao destino correto ser muito caro”, comentou.

O galpão que receberá a usina está completamente degradado. Apenas para solucionar questões elétricas, a previsão é de que haja gasto de pelo menos R$ 300 mil.

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