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O mês de maio terminou com recorde de aumento do número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) em Fortaleza. Com 191 pessoas assassinadas, o crescimento chegou a 124% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 85 mortes. O número foi um dos apresentados em coletiva de imprensa, na tarde de ontem, na sede da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e é o maior dos últimos cinco anos. No Ceará, a alta foi de 65% com 471 homicídios registrados — uma média de 15 por dia.
[SAIBAMAIS]
Além de maio ser o terceiro mês de aumento consecutivo dos homicídios no Estado, conforme O POVO adiantou na quinta-feira, 8, todas as regiões apresentaram crescimento de CVLIs. A Região Metropolitana (que, na estatística, não inclui a Capital) registrou aumento de 100%, com 122 assassinatos. Já Interior Sul e Interior Norte apresentaram aumentos de 22% e 7,5%, respectivamente.
A média diária de assassinatos chegou a 15,2. Ao longo de todo o ano de 2016, a média ficou abaixo de dez por dia.
Durante a entrevista, André Costa, titular da SSPDS, atribuiu os dados de Fortaleza e RMF aos conflitos no sistema penitenciário. “A gente se encontra no mesmo cenário desde o começo do ano, um cenário que é um problema nacional, que se iniciou dentro do sistema prisional em Manaus, vem refletindo em vários outros estados do País e nas ruas”, considerou.
Durante a tarde, Costa se reuniu com equipes das forças de Segurança do Estado para discutir os números. “É algo que a gente tem que estudar e entender. O trabalho está sendo desempenhado e a gente precisa analisar porque ele não está se refletindo positivamente no número de homicídios”.
O delegado destacou o aumento dos números de apreensão de armas de fogo e de drogas.
Novas ações
Ainda na tarde de ontem, o secretário afirmou que novas ações estão sendo discutidas. Entre elas, uma força-tarefa nas regiões de maior incidência de crimes. “Para esses grandes criminosos a gente está montando força-tarefa com efetivo altamente treinado, altamente equipado, com armamento pesado, que é Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar e a Unidade Tática Operacional da Polícia Civil. A gente quer reunir esse efetivo para poder sufocar, realmente, e ir para cima dessas pessoas mais procuradas no Ceará, que têm comandado a grande parte desses homicídios”, indicou.