“Eu estava conversando com a esposa do intimado no apartamento deles quando ouvi dois tiros. Desci para ver se estava tudo bem com meu filho e ele me disse que tinha levado um tiro”, diz Francisco.
Os dois se dirigiram ao Gonzaguinha do José Walter, mas só conseguiram atendimento no Frotinha da Parangaba. Como a bala não atingiu nenhuma parte vital de Alisson, ele foi para casa e passa bem.
Segundo Francisco, o filho não costuma acompanhá-lo nas diligências, mas o fez na ocasião por considerar perigosos o local e a hora em que o mandado seria entregue. Ele conta que já havia ido ao local durante a tarde, mas foi informado que o intimado estava no trabalho e só chegaria à noite.
Não houve indícios de assalto durante a ação criminosa, segundo Francisco. Ele complementa que o atentado não tem relação com a entrega do mandado em questão, e sim com rivalidade entre facções criminosas no local.
“O meu filho estava esperando no carro com o vidro fechado. Conversando com policiais no local, isso é interpretado como algum rival que não quer ser visto”, explica.
De acordo com o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará, esse é o segundo atentado contra profissionais da categoria no mês. Nos últimos 12 meses, conforme a entidade, foram sete assaltos, tentativa de assalto, intimidação e agressões sofridas por oficiais de Justiça durante o cumprimento de mandados. (João Marcelo Sena)