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Comunidade promove sarau e ocupa Farol do Mucuripe com arte
Cotidiano

Comunidade promove sarau e ocupa Farol do Mucuripe com arte

Com a intenção de chamar atenção para o Farol Velho, a primeira edição do Sarau Farol Rock levou apresentações musicais e artes cênicas para o local a partir da união de coletivos e projetos da comunidade
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O fim de semana no entorno do Farol do Mucuripe, no bairro Serviluz, foi palco de ação que propôs a ocupação do espaço pela cultura. Em parceria, o coletivo Servilost, a Associação dos Moradores do Titanzinho, o Grupo de Teatro Dito & Feito, o Projeto de Vida e o Coletivo Audiovisual do Titanzinho realizaram a primeira edição do Sarau Farol Rock, que levou audiovisual, música e artes cênicas para o local.

[SAIBAMAIS]

Mesmo tombado pela Divisão do Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria de Cultura em 1983, o farol tem histórico de frequentes abandonos. A partir dessa realidade, coletivos e grupos da comunidade tem se unido para movimentar não somente o entorno do farol, mas o bairro em geral.


Pedro Fernandes, morador do Serviluz, foi um dos organizadores do evento deste fim de semana e é membro do coletivo Servilost, que promove outras programações no Farol. “Desde março do ano passado a gente está com o coletivo Servilost fazendo uma ocupação aqui no Farol. No começo, estava muito sujo, mas fizemos uma limpeza e, agora, toda quarta-feira temos programação”, explica. Para este fim de semana, a proposta do grupo foi trazer outras expressões artísticas para o local.


O sarau abriu no sábado, 20, com exibição do curta Negro Cá, Negro Lá, de Eduardo Cunha. No domingo, a programação começou com esquetes do Grupo de Teatro Dito & Feito sobre feminismo e diretos da mulher. O farol recebeu ainda shows da banda Água de Quartinha, do cantor Edu Lenda, um momento de rap com Quedão Farol Rap, o encontro da banda Renegados com a cantora Mona Gadelha e, encerrando a noite, a banda Éter na Mente.


Para Pedro, cada evento promovido no local é oportunidade para aproximar a comunidade do equipamento. “O farol sempre foi um ponto de encontro para o bairro, mas há abandono por parte das pessoas em não valorizar. Quando a gente passa a limpar e a dar outro significado com a arte, ele passa a ser visto de outra forma. Agora as pessoas estão tendo cuidado, realmente melhorou a relação da comunidade com o farol”, afirma.


“A gente acha que a rua tem que ter vida, e aqui no Serviluz não vemos muita opção. A ideia é promover isso, levar a arte e a cultura para a rua também”, aponta.

 

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