Em geral, os pontos tratados pela política de gestão dos resíduos em Fortaleza tiveram indicadores positivos, considera Albert Gradvohl, coordenador especial de Limpeza Urbana. Ele explica que o modelo adotado na Capital é considerado mesclado, estimulando a adesão da população na segregação do lixo de forma obrigatória (com mudanças na lei), induzida (com incentivos e bônus) e espontânea.
Dentre os resultados, ele ressalta que a coleta particular, contratada pelos grandes geradores, cresceu 318%, passando de 293 mil toneladas em 2015 para 1,2 milhão de toneladas em 2016. Com a legislação mais severa desde 2015, a busca pelo serviço credenciado aumenta para evitar multas mais caras.
No serviço público, o volume da coleta especial caiu nos últimos dois anos. Enquanto o total coletado em 2014 foi de 811 mil toneladas, os números de 2015 e 2016 foram menores, com 638 mil toneladas e 692 mil toneladas, respectivamente.
“A partir de 2015, essa curva decresceu em virtude dos resultados do programa Recicla Fortaleza e ainda do sistema Fortaleza Coletas Online, que vem monitorando os entulhos de grandes geradores da construção civil”, analisa.