Para o presidente do Conselho Estadual de Segurança, advogado Leandro Vasques, os presídios federais são modelo de segurança máxima. O País tem quatro presídios federais: em Campo Grande (MS), Catanduvas (PR), Porto Velho (RO) e em Mossoró (RN). Na opinião de Vasques, o Ceará deveria ter pleiteado sediar uma unidade federal, pois é um estado maior que o Rio Grande do Norte. Uma quinta penitenciária federal está sendo construída em Brasília.
Conforme o Ministério da Justiça, as unidades federais têm o objetivo de apoiar os estados, isolando lideranças do crime organizado. O Plano Nacional de Segurança prevê a construção de mais cinco penitenciárias, duas delas foram anunciadas no Rio Grande do Sul e em Pernambuco. Nelas, os presos ficam em celas separadas, o banho de sol ocorre em grupos de dez presos.
Estes presídios recebem presos de todos os estados. Cada um tem 208 presos. Segundo a tenente-coronel Keydna Carneiro, que foi diretora da CPPL 2 e coordenadora de Inclusão Social do Preso e Egresso, as unidades federais seguem Regime Diferenciado de Disciplina (RDD), que tem maior grau de isolamento e restrições de contato com o mundo exterior.
O RDD pode ser aplicado em presos que pratiquem crime doloso, apresentem alto risco para ordem e segurança de unidades ou sociedade, além de suspeitos de envolvimento em organizações criminosas. (Jéssika Sisnando)