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Em Fortaleza, morreu, na manhã de ontem, o educador Roberto de Carvalho Rocha. Aos 91 anos, ele teve complicações da doença de Alzheimer. Roberto de Carvalho foi o fundador do Colégio Christus, instituição de ensino que criou em março de 1951 logo após retornar da formação em Teologia e Educação na Universidade de Washington, nos Estados Unidos. Roberto ainda foi ainda eleito vereador de Fortaleza em 1955.
Ainda chamado de diretor por ex-funcionários e ex-alunos, ele é lembrado pelos modos de um homem simples, zeloso com a propagação da fé cristã e apaixonado pelo conhecimento. “Fica um exemplo de alguém que fez diferença, perdemos um grande homem”, compartilha Graziela Rodrigues, que trabalhou por mais de 40 anos ao lado de Roberto como professora e, depois, coordenadora geral. Roberto deixou 11 filhos e 22 netos.
O vice-presidente do Grupo de Comunicação O POVO, João Dummar Neto, ex-aluno do colégio, lembra que Roberto de Carvalho foi uma pessoa especial. “Ele me ensinou boa parte do que eu sei hoje, da compreensão que eu tenho de mundo”, destaca. “Eu agradeço muito a oportunidade que tive de ter estudado no Christus e ter sido acompanhado por ele”.
Para a advogada Terezinha Rocha, 54, a admiração pelo diretor se intensificou em viagem da turma aos Estados Unidos em missão de combate às drogas. “Ele não perdia uma oportunidade de nos ensinar”, relembra a ex-aluna. Em conversas durante o velório, ontem, amigos e familiares fizeram memória do diretor que se locomovia em um “fusquinha”, amava ir ao cinema e andava sempre com um bloquinho para anotar ideias ou palavras novas.
Escrita
O corpo do educador foi velado na capela Christus, Filius Dei, no bairro Aldeota. A missa de corpo presente será celebrada hoje, no local, a partir das 8 horas. Logo em seguida, o corpo será levado para enterro no cemitério Parque da Paz.
Ele me ensinou boa parte do que eu sei hoje, da compreensão que eu tenho de mundo”
João Dummar Neto, vice-presidente do Grupo de Comunicação O POVO e ex-aluno Christus
“Tive o privilégio de vê-lo em ação. Era uma figura participativa, justa com os funcionários. Ele fez do Christus uma família”
Nádia Sousa Nunes,47, funcionária há 29 anos como professora e coordenadora de turma
“Foi um grande homem para a família e para os alunos, crianças e jovens. E o traço mais marcante dele era a humildade”
Graziela Rodrigues, 64, do setor de Atendimento à Família do colégio