O desempenho em Matemática da maior parte dos alunos que concluem o 5º ano (36,3%), no entanto, foi considerado intermediário. Segundo os dados apresentados, dos alunos do 5º ano, o padrão de desempenho adequado subiu para 39% em Língua Portuguesa e caiu para 32% em Matemática — o único índice em que houve decréscimo. Já os dados do 9º ano indicam que 14,6% apresentam desempenho adequado em Português e 7% em Matemática.
Idilvan Alencar aponta que, por conta dos índices e da crise econômica no País, muitos alunos saíram das escolas particulares para a pública no Ceará. “Esse ano, a matrícula, pela primeira vez, teve um acréscimo considerável. Por quê? Existe um paradigma que somente a escola particular que alfabetizava. E com essa mudança de resultados, as pessoas começam a ir para (as escolas públicas de) Fortaleza”, pontua, atribuindo a migração de alunos também aos bons resultados da rede.
O secretário destacou dois índices como peças chaves para o aumento dos resultados: os dez anos do Programa da Alfabetização na Idade Certa (Paic) e o crescimento do 9º ano, em que a proficiência média passou de 243,6 para 249,7 pontos. “O Estado avaliava o 9º ano, mas a política para o 9º ano foi em 2016. No Brasil, historicamente é o ano mais complicado para se ter bons resultados”, citou.
O ensino fundamental II, que inclui alunos do 6º ao 9º ano, começou a ser acompanhado pelo Spaece em 2012. Naquele ano, o percentual de alunos do nível adequado em Língua Portuguesa era de 8,6% e subiu para 15% em 2016. Já em Matemática, o percentual que era de 3,9% de nível adequado ano passado ficou este ano em 7%.
As estratégias para alcançar melhoria no nível de ensino, segundo o secretário, incluem acompanhamento das escolas, formação de professores e uso de material didático. Para tentar reverter os resultados em Matemática, Idilvan enfatizou que deve-se investir em aumento da carga horária de formação dos professores e melhorar o acompanhamento na disciplina. “Ainda é um desafio”, disse. (Angélica Feitosa)
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O secretário da Educação, Idilvan Alencar. afirma houve surpresa com os resultados porque é muito difícil chegar ao patamar alcançado pelo Estado. “Então, manter esse resultado já é complicado. Especialmente no 2º ano”, comentou.
Ele destacou ainda que Fortaleza historicamente ficava nas últimas posições e, nos dois últimos anos, teve “um movimento positivo”.