Com o golpe desmoronando, a central golpista está no “mato sem cachorro”, sem ter candidato para dar continuidade à aventura. Não consegue “vender” aos eleitores - nem ao mundo - o retrocesso (privatização da Petrobras, entrega do pré-sal aos EUA, reforma da previdência, reforma trabalhista com seu desemprego em massa, destruição da indústria nacional, esvaziamento dos programas sociais e desesperança sem fim). Não tem nenhuma liderança capaz de ser ouvida e entendida por todos, como exige o desafio do momento em que o País embica para o fundo. Não dá mais para improvisar. O único líder que sobra ao País com esse perfil é Lula, preso numa solitária de Curitiba por causa de um processo forjado para impedir sua candidatura. Assim o entende o mundo inteiro, tal como acontecia com Mandela. Não conseguirão impedi-la, a menos que o STF assuma de vez que vai jogar a Constituição no lixo.

 

 

PRÉ-CANDIDATURA

 

Quem é de fora diz que a elite brasileira deveria levantar as mãos para o céu pelo fato de a Nação ainda ter um líder desse porte: moderado, conciliador e capaz de falar, olho no olho, do sem-terra ao ruralista; do bancário ao banqueiro; do trabalhador ao empresário. E de seu governo manter a referência de um dos períodos mais felizes para os brasileiros (esperança, autoestima e expectativa de futuro), embora não desprovido de falhas. Saiu com 87% de aprovação. A campanha por sua liberdade e direito de concorrer à presidência da República se espalha pelo planeta, arrastando lideranças políticas de renome, personalidades de relevo, artistas e religiosos, movimentos sindicais e cidadãos comuns. Sua pré-candidatura foi lançada sexta feira e tem tudo para ganhar no primeiro turno, segundo as pesquisas. É o Brasil, voltando? 

 

FATURA

 

A semana terminou em clima de alvoroço nos arraiais golpistas diante do fracasso retumbante do governo Temer/FHC e sua “Ponte para o futuro”, cuja fatura chega a galope, com o dólar se aproximando dos R$ 4,00 e as previsões de chegar até R$ 5,30. Quem disse foi um diretor da SPX Capital (gestora que possui mais de R$ 30 bilhões em ativos sob gestão), ao considerar, numa palestra para o setor, que a situação do Brasil é “caótica” e prever um PIB de apenas 0,8% em 2018, e a subida de juros pelo BC para conter a pressão. Ou seja, estava certo o marqueteiro de Temer ao dizer que seu governo voltou 20 anos em dois anos. Infelizmente, para o povo, se trata de tragédia real: fome, desemprego, desalento e desespero, tal como no final do governo tucano.

 

ABUTRES

 

Com o povo em seus calcanhares, Temer corre para entregar aos grupos econômicos estrangeiros e o mais rapidamente possível: Foi o que se viu, na última quinta-feira, quando as petroleiras concorrentes da Petrobras – tais como Shell, ExxonMobil, Chevron, BP Energy, Petrogal, Statoil (estatal norueguesa) – se fartaram como abutres em torno da carniça do pré-sal. O barril saiu para elas a 26 centavos. Logo, o venderão a R$ 90,00. Foi a 4ª rodada de licitação da maior jazida mundial de petróleo do século XXI – um escândalo. A Petrobras só pôde comprar 30% do lote, por conta da mudança do marco de partilha, instituído por Lula, cujos dividendos iriam para a Educação e Saúde. Hoje vão para o bolso das petroleiras. E irão cada vez mais, se a Petrobras e o pré-sal não forem reestatizados.

 

MUY PARENTE 

 

Antes, Pedro Parente já dispensara 1 trilhão de reais de débitos e isenções às petroleiras. Também pagara, antes do veredicto da Justiça, R$ 10 bilhões a acionistas americanos como suposta indenização. E também estava sendo processado por ter antecipado a quitação de uma dívida de US$ 600 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) ao banco J.P. Morgan, cujo vencimento estava marcado para setembro de 2022. Detalhe: Parente é sócio do presidente do banco.

 

O escândalo da entrega do pré-sal pelo governo golpista é visto como crime de lesa-pátria por juristas, políticos e entidades de engenharia e especialistas de Petróleo. Nenhum país soberano se desfaz de uma riqueza desse porte, tirando lastro ao seu próprio desenvolvimento econômico e à sua soberania, em troca de virar importador dos derivados produzidos por seu próprio petróleo. Um manifesto da Federação Única dos Petroleiros (FUP) denuncia o crime: https://bit.do/emu6N