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Depois do e-book, o e-vangelista
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Jornalista, compositor, escritor, humorista, cantor e pesquisador da cultura popular. Escreveu várias composições em parceria com Falcão. É autor do livro

Tarcísio Matos arte e cultura

Depois do e-book, o e-vangelista


Acuso o recebimento de amoráveis e-mails de gente que, não tendo o que fazer que preste na vida, me escreve pra falar potoca a três por dois mil. Mas, como semelhante atrai semelhante -e eu adoro bodejado ‘sem vintura’, dou o maior valor, ó!


A primeira missiva eletrônica é de alguém impregnado de tecnologia internética, o João Romão da Parangaba. Perito nas coisas, diz ele que trabalha com e-commerce, entende de e-book, e é metido com e-mail marketing.


Animado que só pinto em balseiro com o primogênito vindo ao mundo mês passado, e empolgado com a diligente atuação nesses setores da modernidade virtual, manda dizer que acabou de registrar em cartório o menino. O nome é bem apropriado:


“E-manuel E-leutério E-vangelista”.


Grave de jumento? Negatofe!

[QUOTE1]

Outra bastante singular é a da Marina Moquinha, de Miraíma, que, “psicóloga prática de gente sem futuro”, tal como se autodenomina, ela informa que “há quatro boas razões para que o cearense aprenda a montar um jumento”. E ‘distrincha’ cada coisa, conforme os motivos:


1º - pode deixar a greve dos caminhoneiros correr frouxa, o combustível do forte ungulado é o super capim. Solte o bicho na BR e esqueça a Petrobras;


2º - beba sua pôde tranquilamente, caro guiador do bicho, pois o jumento não passa de 1km/h, no máximo, e deixa o conterrâneo em casa na maior – tem GPS na rabichola e senso de direção de uma espaçonave;


3º - todo jumento é total flex, com a graça de ter duas naturezas: é fiel como um cachorro de cangalha e, que se saiba, nunca “cabuetou” seu dono, em caso de raparigagem ou arrumações do gênero;


4º - carregou Jesus nas costas, é bom de chouto, o cocô dele esfregado na cara rejuvenesce e é nosso irmão por parte de pai.


Atacar em X, defender em Y


Gervino Brabo é outro que me envia correspondência, chamando a atenção por uma mania, no mínimo, estranha. Confessa, sem medo de escarnecimento, que “acha o máximo quando alguém está de atestado”. Ajudem-me a entender o que Gervino quer dizer com isso, pelo amor de Deus. Cita três “louváveis” episódios:


1º - meu vizinho, de uma repartição do governo, está de atestado por ter ‘dismintido’ a perna e todo dia, melado, vai à pracinha do bairro bater uma bolinha;


2º - estar de atestado é estar de bem com a vida: tão logo ficou de atestado, Zildinha, minha sobrinha, engravidou dum véi;


3º - se Tite entrar de atestado, o Brasil sai dessa.


A beleza roubada


Atentem para o singelo comentário de Nilda Vassoura (Parque Araxá), que reproduzo ipsis litteris: “Aperreada do juízo, peguei o Campus do Pici/Unifor e adivinha quem se sentou ao meu lado? Um ladrão! O infeliz inventou de me assaltar e quase apanha. Mas menino! Você deve estar pensando: que mulher braba! Não, né isso não! Não sou valente, é que eu não admito ser assaltada por gente assim! E aí você deve voltar a imaginar: o gatuno devia ser muito amador! Também não.


Posso falar? Briguei com o ladrão porque ele era muito feio! E disse pra ele que ele era muito horroroso! Onde já se viu um fí duma égua sem estética daquele sair por aí assustando o povo! A arma dele é a feiúra. O lunfa não gosto! Sabe o que ele disse?


- A senhora arrombou minha autoestima! Isso não se faz nem com o presidente da República e o ministro da Casa Civil!

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