O ex-jogador Sérgio Redes, ou
O ex-jogador Sérgio Redes, ou
Poderíamos também perguntar a que se destina esse falso profissionalismo praticado na gestão do futebol brasileiro, caracterizado pelo autoritarismo e pela centralização e que tem como bússola o ditado: farinha pouca, meu
pirão primeiro.
Os interesses da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que deveriam estar voltados para o desenvolvimento do futebol em todo o País, prejudicam os clubes menores promovendo a elitização do futebol por meio das suas competições nacionais.
A tendência é de os clubes menores irem cada vez mais se apequenando pelo fato de não serem atraentes para os investidores, público e televisão, fazendo girar uma espiral negativa na qual o clube é prejudicado. E junto com ele vão-se os torcedores.
Caso se concretize essa ideia estúpida e discriminatória de extinguir os campeonatos estaduais, todo um tecido social será atingido.
Não é por acaso que o interesse pelo futebol vai diminuindo e os torcedores vão abandonando os estádios.
E pensar que o futebol no Brasil sempre foi um momento de grande afirmação humana e democrática que, segundo o antropólogo Roberto DaMatta, permitiu uma visão mais generosa e positiva de nós mesmos. Mais do que qualquer livro, filme, lei ou religião.
E o pior é que estamos destruindo essa vocação brasileira nas bases populares por conta de uma ganância que não permite uma leitura correta dos acontecimentos. Os dirigentes ficam cegos e fazem do mercado a estrela- guia do futebol.
Nelson Rodrigues, nosso dramaturgo maior, já dizia: “Uma simples pelada carrega todos os elementos de uma tragédia grega”. Lembro de “Cajuína”: “Éramos olharmo-nos intacta retina/ a cajuína cristalina em Teresina.” De transparente e cristalino nossos dirigentes não têm nada.
Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.