O ex-jogador Sérgio Redes, ou
O ex-jogador Sérgio Redes, ou
Como o falecido escritor uruguaio Eduardo Galeano, que implorava chapéu na mão como um mendigo por um bom jogo de futebol, também peço aos deuses pela presença de jogadores que tratem a bola com intimidade e driblem para a alegria dos torcedores.
Osvaldo dribla! Esse argumento, para mim, é mais do que suficiente para que eu assine embaixo da sua contratação. Suas arrancadas vertiginosas, com uma sucessão de dribles pelo lado esquerdo em direção à meta adversária, estão presentes na retina de tricolores e alvinegros.
Evidente que a sistematização do futebol, com os técnicos preocupados com a marcação e a recomposição de suas equipes, reduz o drible a um plano inferior. É comum um técnico observar para um jogador: se tentar driblar e perder a bola, faça falta. Por outro lado, sabe-se que os clubes estrangeiros contratam nossos jogadores na esperança de vê-los driblar. A história gloriosa do nosso futebol carrega uma carga hereditária do negro e do índio com sua ginga e seu jeito malemolente de enganar o adversário.
Arte pura! O balançar do corpo para um lado e a saída pelo lado oposto. Futebol é como o samba. Como escreveu Noel Rosa em “Feitio de oração”: “Batuque é um privilégio/ ninguém aprende samba no colégio”. O drible não se aprende nessas escolinhas de futebol.
O drible se aprende num campo de terra, numa rua de paralelepípedos, na praia e de preferência jogando descalço porque permite que você não perca o tato do pé com a bola e com o praticante tendo toda a liberdade possível. Caso o professor proíba, zero para ele.
O que vai acontecer com o Osvaldo e o Fortaleza, só o tempo dirá. Para mim, que adoro futebol e ando de saco cheio com esse blá-blá-blá de técnicos discorrendo sobre táticas e inventando novas palavras, torço pelo sucesso de do jogador que deu muitas alegrias aos torcedores cearenses.
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