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Cataclismos e cataclismos
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Professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFC, é especialista nas áreas de História da Arquitetura e do Urbanismo, Teoria de Arquitetura e Urbanismo, Projeto de Arquitetura e Urbanismo e Patrimônio Cultural Edificado. Escreve para o Vida & Arte desde 2012.

Cataclismos e cataclismos


A semana passada foi tão auspiciosa que nem quem ficou debaixo da terra num abrigo, dormindo na calçada, escondido num armário ou imóvel sob o edredon e cercado de advogados conseguiu escapar. Pense num rosário de desastres... Dizem os entendidos que essas perturbações da ordem planetária são como purgações astrais e que a nossa nave-mãe sempre sai mais fortalecida dessas frenéticas agitações. Para mim, pode ser que na natureza seja assim; contudo, no mundo dos humanos, onde os nós pelas costas dão o tom e as coisas nunca são o que aparentam ser, the hole is further down, como diz o Falcão no seu joiado inglês de Pereiro. Quanto ao noticiário, imagens de cidades varridas por vendavais, prédios arruinados e os carrões pretos da PF...

 
Irma, José e Katia. Um novo trio pop-adolescente? Três jovens embalados pelo poliamor na Pracinha da Gentilândia? Nananina, caro(a) leitor(a), três furacões da pesada que vêm tocando o terror no Caribe com sua categoria 5, a mais alta do seu gênero. Devastando tudo o que encontram em seu caminho, dirigiam-se à Flórida no último sábado, fazendo o donald “yellow duck” trump (isso, revisor, fresque, mas não fresque não) se borrar todo. Já pensou se essas tormentas fossem batizadas com o nome de Kim Jong-un? O sul do México foi sacudido por um terremoto de nível 8,2, destruindo Oaxaca, Tabasco e Chiapas e gerando nos patrícios do Cantinflas o pavor de um tsunami no Pacífico e, após, um abalo sísmico que nem o de 1985. Da Colômbia, o Papa mandou bênçãos.

Num país situado mais ao sul, o bananão (revisor, meu caro, você vai dar duro neste parágrafo), também conhecido como surubão, foram registradas, nos últimos dias, diversas turbulências fortes no instável clima da política nacional. Por aqui, os tufões também têm nomes e causam muitos estragos, principalmente nos bolsos do povo e na credibilidade deste quando à ação dos políticos. janot, joesley, saud, jucá, renan, sarney, lobão, barbalho, machado, gilmar, palocci, miller, geddel e agora, infelizmente, Lula e Dilma (revisor, mantenha estes por enquanto em maiúsculas). Uma tremenda borrasca de podridão que vem destruindo Pindorama como nenhuma outra antes. Queima aí, 3 do Nordeste: “Tem mala, malinha e maleta, tem bolsa, bolsinha e corneta”.


E se pode haver uma tempestade de mísseis e bombas nucleares sobre os territórios da Coreia do Norte e dos EUA a qualquer momento, patrocinada pela burrice da diplomacia internacional, uma outra, matreiramente plúmbea, se arma em nossos céus: a montagem de novos partidos políticos. rede, democratas, podemos, avante (trabalha, cara!): cabarés pintados e de nomes novos com as madames e as “meninas” de sempre. É de chorar e de lembrar da velha piada: Nos tempos da “gloriosa”, a PF mandou um telegrama à delegacia de polícia de Icó: “Intenso movimento terra...epicentro Icozinho...8 Richter”. Resposta: “Movimento debelado...Epicentro, Epifânio e Epitácio presos...Richter 8 tiros...Demora retorno em razão terremoto da porra por aqui”.


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