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O ritmo da economia cearense

2017-09-13 01:30:00
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A economia do Ceará cresceu mais que a do Brasil no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2016. É o ensaio de recuperação de uma cruel tendência que vinha desde o segundo semestre de 2015. Entre 2008 e 2014, o Estado sempre cresceu a taxas acima da média nacional. A partir do segundo semestre de 2015, isso se inverteu. Os números do País estavam em queda e os do Ceará, ainda mais. Muito mais. Pelos dados preliminares, no segundo trimestre deste ano, o Ceará voltou a crescer acima do Brasil.


É importante que o Estado cresça acima da média brasileira. A participação cearense no PIB nacional ainda é muito pequena. A maior fatia na história foi alcançada em 2015, quando foi de 2,2% da economia do País. Ocorre que o Estado tem 4% da população. O PIB teria de praticamente dobrar para refletir a proporção real.


Longe disso, por quase dois anos, a evolução do PIB cearense ficou abaixo da brasileira. A fatia estadual no bolo nacional regrediu nesse período. O que é ruim ficou pior. A boa notícia é que a tendência parece começar a ser revertida.


Dado curioso: o Ceará tem, desde 2008, maximizado as tendências nacionais. Quando o Brasil cresceu, o Estado cresceu mais. Quando houve queda no País, a estadual, da mesma maneira, caiu ainda mais.


LI VERDADES

Duas frases de ontem vindas do Palácio do Planalto. A primeira, em nota oficial em defesa do presidente Michel Temer (PMDB):

“Facínoras roubam do País a verdade”.


A segunda foi do próprio Temer:


“Cada um quer derrubar o outro”.


Em ambos os casos, era feita defesa do presidente em relação às denúncias que se avolumam cada vez mais. Temer não foi claro em relação a quem são os facínoras, nem quem quer derrubar quem. Mas, o presidente sabe das coisas. Ambas as situações ocorreram e ocorrem.

[FOTO1]

ARGUMENTO

Acusado de fazer parte de uma quadrilha, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (foto), disse em sua defesa que há 40 anos pertence ao PMDB.

A QUE PONTO

O grau de degenerescência institucional do Rio de Janeiro chegou a ponto tal que até o Corpo de Bombeiros está envolvido em enorme esquema de cobrança de propinas.

A corporação sempre aparece no topo das instituições mais admiradas e respeitadas pela população. Conseguiram arranhar a reputação até das poucas reservas de credibilidade.


HOMICÍDIO

Este não é apenas mais um caso de corrupção, com pagamentos de propinas em troca de benefícios. Os bombeiros são suspeitos de terem facilitado a liberação de alvarás para lugares que não cumpriram exigências de segurança. Diziam ser adequados e seguros locais que não haviam cumprido os requisitos mínimos. Estabelecimentos que receberiam público que chegava a milhares de pessoas recebiam alvarás sem nem serem vistoriados. Caso de estádio que recebeu jogos da primeira divisão do futebol brasileiro - o estádio de Edson Passos, onde o Fluminense jogou no ano passado. Havia casos em que nem mesmo a parte elétrica era inspecionada. O risco de incêndio ou outras tragédias era enorme.

O que essas pessoas são acusadas de fazer não é apenas corrupção. É risco real de se tornar homicídio.

Érico Firmo

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