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Vamos falar de adoção?

2018-05-20 00:00:00
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FAMÍLIA_


Infelizmente vivemos num mundo onde o preconceito ainda é latente. A adoção é um exemplo disso. Adotar uma criança ou adolescente ainda é visto como um ato de “coragem” por tratar-se de acolher alguém que não carrega as características genéticas dos novos pais. Também há o preconceito em relação às crianças abandonadas, destituídas das famílias por maus tratos e, principalmente, um medo irracional por não se saber a “origem” daquele possível novo membro da família.


Adotar é um ato nobre, que vai além da caridade – embora faça bem a todos os envolvidos –, pois quem o faz é por desejo, por vontade de querer ser pai ou mãe. Ir em busca do filho com a consciência que o quer traz um sentimento tão forte para a relação quanto o vivido com um filho biológico. Na verdade, até mesmo um filho “de sangue” precisa ser adotado por sua família, no sentido de começar a ser parte de algo que já existe, entrar numa relação que já acontecia antes dele chegar.


Adotar é um verdadeiro ato de amor, mas também é um desafio, por se lançar num desconhecido mar de sentimentos, emoções e sensações, assim como passar por uma gestação também o é. Trata-se de um processo de acolher, além do processo legal, mas receber afetivamente alguém gerado por outra pessoa e que vai ocupar o espaço familiar. Adotar é respeitar a origem e a história da criança para quem se torna família. É também honrar os pais que deram vida a esta criança, reconhecendo que a adoção é sempre uma via de duas mãos: você adota e é adotado pelos filhos.


Não existe adoção sem amor! Não existe família sem amor! É entrega total! Vai além de dar à criança tudo o que ela precisa no plano material. Ser pais é amar, dar afeto, atenção, conforto, carinho, enfim, ser um porto seguro cujo vínculo nem a lei e nem o sangue garantem. Tais sentimentos e ações estão antes na dedicação e no amor do que na procriação. A intensidade das relações independe da ordem genética, está no desejo da maternidade e paternidade e na possibilidade de proporcionar um lar afetivo e seguro para que uma criança possa crescer e se desenvolver plenamente.


É necessário ter cuidado para que o desejo de ter um filho não se torne na busca de preencher as expectativas do que se espera de um filho. Afinal, assim como os filhos biológicos, o filho adotivo precisa ter o direito de ser diferente de você, com seu jeito, seu ritmo, ter seus próprios sonhos. Ser pai é garantir a individualidade do filho e confiar que ele é capaz de escolher seu caminho. É se alegrar e vibrar com cada passo, cada momento, cada etapa, cada idade. Por fim, as terminologias “biológico” e “adotivo” só precisam ser usadas para tratar do tema em si porque, na vida, depois que a família recebe seu novo membro, ele é simplesmente um filho.

 

Para assistir


Meu Malvado Favorito_

Após adotar as três irmãs - Margo, Agnes e Edith - a vida do super vilão Gru nunca mais foi a mesma. Ele deixou os planos mirabolantes de lado para usar seu intelecto e seus recursos para cuidar das meninas

 

PARA QUEM DESEJA ADOTAR UMA CRIANÇA

Aqueles que decidem entrar com o pedido de adoção devem ir até o Fórum Clóvis Beviláqua, na Avenida Desembargador Floriano Benevides Magalhães, 220, Edson Queiroz. O horário de atendimento é de segunda a sexta, das 8 às 18 horas.

Telefone: (85) 3278 1128.

 

Quem pode adotar?

Pessoas solteiras, viúvas, separados judicialmente, ou que vivem em união estável, maiores de 18 anos, que sejam 16 anos mais velhos que os adotados. Assim como um cônjuge ou companheiro pode adotar o filho do outro.

 

Documentos necessários:

No geral, para dar entrada para o processo de adoção, necessita de certidão de nascimento ou casamento, identidade, CPF, comprovante de residência, cópia autenticada e de comprovante ou declaração de renda mensal dos requerentes, alvará de folha corrida judicial, atestado de sanidade física e mental com reconhecimento de firma, dois atestados de idoneidade moral, cada um preenchido e assinado por pessoas diferentes, sem grau de parentesco com as partes, atestando boa conduta.

 

Paula Naddaf

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