AS ESCOLHAS DO CEARÁ
 

Embora não seja afeito às redes sociais e já tenha sido chamado de pré-histórico por preferir um tête-a-tête, vez por outra dou uma vasculhada no celular. E depois de ver a entrevista do Magno Alves na televisão dei uma olhada no Facebook para sentir os torcedores.
 

As opiniões estão divididas. Tem gente querendo que o Ceará renove seu contrato e outros achando que o Magnata já deu o que tinha que dar. Particularmente, acho que ele ainda seria útil ao clube como foi em algumas partidas no Campeonato da Série B.
 

Aos 41 anos fica evidente que não tem mais gás para correr os dois tempos e não pode se exigir dele que se comporte da maneira como o técnico Marcelo Chamusca orienta, retomar a posse de bola com todos os seus jogadores marcando e se multiplicando dentro do campo.
 

Tiro o chapéu para esta tarefa tática executada pelos atacantes Leandro Carvalho, Élton e Lima. Evitavam a saída de bola dos adversários e quando a bola chegava às laterais do campo dobravam ou triplicavam a marcação. Bola retomada, tome velocidade para o contra-ataque.
 

Por outro lado, o futebol é extremamente complexo e o jogo não fica se repetindo o tempo todo como os técnicos gostariam que fosse. Tem mil variantes e se tem um jogador no futebol cearense que lida bem com isso e cria uma expectativa no torcedor chama-se Magno Alves.
 

E o porquê desse frisson? Por causa da sua história como artilheiro do clube e por todos os lugares onde passou.
 

A boa técnica é a execução correta dos fundamentos. Estamos diante do jogador mais técnico do futebol cearense. Ambidestro, faz o que quiser com a bola.
A direção do clube traçou uma linha que parece prescindir do jogador. 

 

Querem jogadores novos e nada de veterano. Preocupado com seu fim de carreira e pelo próximo passo, o jogador reclamou do tratamento que lhe vem sendo dado e cobrou uma definição.
 

Vi várias postagens reclamando de como o Ceará trata seus ídolos em final de carreira. 

Não acho que isso seja específico do Ceará. Na própria essência do futebol está instalada a injustiça e a ingratidão. O jogador vale enquanto joga e jogar hoje implica em correr como um papa-léguas. 

 

O futebol é extremamente complexo e o jogo não fica se repetindo o tempo todo como os técnicos gostariam que fosse. Tem mil variantes e se tem um jogador no futebol cearense que lida bem com isso e cria uma expectativa no torcedor chama-se Magno Alves