O ano de 2017 não foi fácil para a construção civil, mas alguns empresários conseguiram manter o ritmo das suas obras.

Patriolino Dias de Sousa, presidente da Dias de Sousa, em entrevista à coluna, informa que foi mantido o cronograma de entrega de seus projetos Soho e WSTC. Os dois prédios devem ser entregues em 2018 – o primeiro em julho e o segundo em setembro.

Na visão do empresário, 2017 foi mais um ano de ajustes. “Houve um freio para arrumação”, acrescenta.

Patriolino, que também faz parte da direção do Sinduscon e Coopercon, explica que houve uma queda considerável do número de lançamentos, o que impacta nos estoques de empreendimentos da cidade. Em função disso, a perspectiva é de que em 2019 comece a faltar alguns tipos de imóveis.

As construtoras devem voltar com os lançamentos apenas no segundo semestre de 2018. “As empresas fazem planejamentos mais conservadores. Não há grandes lançamentos. Antes, era um empreendimento por ano”.

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CONSTRUÇÃO

RETORNO DOS INVESTIDORES

A visão de Patriolino e de outros empresários do setor é de que há uma melhora gradual na economia. A aposta agora é de que, com uma taxa de juros de 7%, podendo cair para 6,5% em 2018, as aplicações financeiras se tornem menos interessantes. Com isso, quem estava investindo no mercado financeiro pode voltar a aplicar no mercado de imóveis.

Ou seja: o dinheiro retornará para a economia, gerando emprego e renda.

CNI

ECONOMIA CRESCERÁ 2,6%

Os industriais estão mais otimistas: apostam que a economia crescerá 1,1% e o setor fechará 2017 com uma expansão de 0,2%.

Para 2018, a aposta é em um ano melhor, com uma elevação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,6%. No caso do PIB industrial, a esperança é de um desempenho acima dessa média (3%).

Os números são frutos de uma sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No caso do Ceará, o relato de alguns empresários é de que eles conseguiram sobreviver às turbulências. Portanto, saíram fortalecidos pelo aprendizado.

2017

EMOÇÕES DE 2017

O economista José Maria Porto também faz a avaliação de que 2017 foi um ano de muitas emoções, com uma retomada modesta da economia. A área de serviço, que representa 70% do PIB, cresceu no trimestre 0,6%.

A área de construção civil, na sua avaliação, ainda preocupa, e a retomada dessa atividade é considerada fundamental para a recuperação do emprego.

2018

PROJETOS MAIS RENTÁVEIS

Apesar disso, a queda dos juros também é analisada como algo que impactará no cenário econômico de 2018, com a redução da dívida do governo e também do custo de oportunidade dos empresários. “Os projetos devem se tornar mais rentáveis”, acrescenta José Maria Porto.

2018

DESTRAVE EM MÃOS EXTERNAS

A relação investimento/PIB até o terceiro trimestre de 2017 foi a menor dos últimos cinco anos (15,5% do PIB). Em 2012, a média era de 20,7%.

Segundo o economista, há uma esperança de retorno dos investimentos diretos, com projeção de investimentos de US$ 80 bilhões.

Mesmo com toda a renovação das esperanças, 2018 será um ano curto (com muitos feriados e eleições). O resultado disso pode representar menos tempo de trabalho e dificuldades de ajuste.

Como o Brasil não possui poupança interna, os governos seguem regras impostas para manter a confiabilidade para investidores externos, que ameaçam também a retirada dos seus recursos. Esse é o caso da reforma da previdência e do ajuste fiscal.

REFIS

CAUCAIA RESGATA R$ 2,8 MILHÕES

O Programa de Recuperação Fiscal (Refis) de Caucaia, lançado há oito meses, conseguiu resgatar, até o dia 30 de novembro, R$ 2,8 milhões. Esse valor equivale ao pagamento de 4.962 contribuintes em débito com a Prefeitura.

As inscrições no Refis serão encerradas no próximo dia 29.

Inicialmente, o prazo de término do programa era 30 de setembro, mas foi prorrogado pelo prefeito Naumi Amorim.

Pelas normas do Refis, impostos vencidos até 31 de dezembro de 2016 podem ser negociados. Somente débitos do Imposto sobre Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI) não são contemplados pelo Refis 2017.

A humanidade é governada pela imaginação”

Napoleão Bonaparte (1769 – 1821), imperador francês

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