Novo Ceará: políticas para quem?
O ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes fez recentemente no programa “Perpectiva”, veiculado pelo Ipece, uma observação interessante sobre o Ceará. Segundo ele, no Estado, esteja no poder o partido azul ou o encarnado, as políticas aplicadas nos últimos anos são as mesmas.
Ele se refere às grandes propostas que norteiam os programas locais de investimentos: Eixão das Águas, refinaria e siderúrgica, entre outras. O projeto Ceará 2050 seria uma resposta a essa constatação, abrindo para o Estado a possibilidade de criação de algo novo.
Curioso. Ninguém respondeu à pergunta de como será a elaboração de algo diferente se as bases de discussão são as mesmas. O Ceará tem recorrido às experiências históricas bem-sucedidas para traçar algo diferente, mas pensar fora da caixa exige uma quebra no pensamento condicionado por um ambiente viciado e com respostas previsíveis.
O filósofo Mangabeira Unger, uma das fontes de inspiração de Ciro Gomes, já havia detectado esse problema ao tratar das questões políticas no Brasil. Não é privilégio do Ceará a falta de ideias novas: o País tem uma tradição colonialista e, ao longo dos séculos, apenas reproduz cópias malfeitas de modelos europeus.
Há no Brasil uma crise de pensamento: um vazio de ideias, e não apenas um vazio político ou econômico.
2050
JANELA DE MUDANÇAS
O Ceará 2050 abre uma janela interessante para se pensar a realidade local; mas há uma tentação de se voltar agora para os modelos elaborados no Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos.
A nova onda de ideias mundiais passa pela economia disruptiva, onde tudo se resolve através de toques no celular e com um número mínimo de pessoas trabalhando.
Talvez a pergunta-chave para se fazer algo inovador em um país colonialista seja tentar responder à seguinte pergunta: isso resolve a situação de quem e em qual circunstância? E traçar os caminhos através da solução de nossas grandes dificuldades. Como é o caso da segurança. Afinal, para que serve o Estado?
FÓRUM
REFLEXÕES SOBRE A ECONOMIA
O Fórum Ceará em Debate, conduzido pelo presidente do Ipece, professor Flávio Ataliba, tem feito bem esse papel, provocando novas reflexões sobre o momento atual.
A iniciativa foi elogiada inclusive por Ciro Gomes, que destacou a competência de Flávio Ataliba na condução desse processo. O evento foi criado para preencher a lacuna deixada pelo Pacto de Cooperação.
PROFISCO II 1
US$ 77 mi para modernização
Mais uma vitória do Estado. Foi aprovado o investimento de US$ 77 milhões na segunda etapa do Programa de Modernização Fiscal do Estado do Ceará (Profisco II).
A Assembleia Legislativa deu sua autorização para o empréstimo que implantará o programa, cujo objetivo é tornar mais efetiva a gestão fiscal no Ceará.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) será o principal agente financiador, entrando com US$ 70 milhões; os outros US$ 7 milhões serão referentes à contrapartida do Estado.
PROFISCO II 2
MELHORA DA GESTÃO
Dentro do calendário do governo, a expectativa é de que o contrato com o BID seja assinado até o início de dezembro. O projeto deve ser executado em cinco anos e pretende contribuir para melhorar a gestão dos recursos e a eficiência na arrecadação.
Somente na primeira etapa do projeto foram aplicados US$ 50 milhões.
PETROBRAS
AUMENTO DO PREÇO DO ASFALTO
A Petrobras reajustou os produtos asfálticos no dia 1º de novembro. No caso do cimento asfáltico fabricado pela Lubnor, o aumento foi de 13,5%.
Os indicadores de inflação devem uma explicação sobre sua queda diante dos aumentos da energia e combustíveis, que normalmente incidem sobre outros produtos.
“A estratégia é uma economia de forças”
Karl von Clausewit (1780-1831), militar alemãoRÁDIO
O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas. Destaque para o quadro “Sobe e desce da economia”, com o jornalista Nazareno Albuquerque
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