Planta de gás do Pecém terá comando coreano
O governo do Estado colhe os frutos dos acertos realizados nas suas últimas missões internacionais na China e na Coreia do Sul. Além dos acordos para a refinaria, foram definidas as estratégias para o fornecimento de gás ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém S.A (Cipp S.A.).
O Cipp precisará de gás para os setores industriais e para a geração de energia. A ideia do governo consiste em garantir esse abastecimento por meio de termelétricas a gás, refrigeradas com a água do mar.
Durante a viagem do presidente da Companhia de Gás do Ceará (Cegás), Hugo Figueirêdo, e do secretário de Assuntos Internacionais, Antônio Balhmann, à Coreia do Sul, no final de setembro, foram fechados acordos importantes.
O primeiro foi a definição de que de três a quatro empresas devem tomar a frente do projeto: a Korea Gas Corporation (Kogas) deve ficar com a operacionalização; a Cegás, com a distribuição; uma empresa coreana, cujo nome ainda não foi definido, construirá o empreendimento; e uma quarta fará a unidade de supplier (fornecedores de gás).
A expectativa é de que essa companhia construtora seja uma das maiores na área de gás da Coreia, ocupando a quarta posição no ranking do setor daquele país. Dependendo das negociações, essa companhia também ficará com a logística dos fornecedores.
EXIMBANK
GOVERNO NEGOCIA COM AGENTES FINANCEIROS
O investimento previsto na planta de regaseificação é de R$ 800 milhões, devendo até dezembro ser definido o local do empreendimento dentro do Pecém e a sua infraestrutura. O projeto deve produzir 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia, podendo dobrar essa produção.
A perspectiva é de que até o início de dezembro haja a apresentação do projeto ao Export-Import Bank (Eximbank), da Coreia do Sul, e a um banco europeu ainda não definido. O Estado já iniciou os contatos com esses agentes financeiros, durante reuniões realizadas em São Paulo.
PARTICIPAÇÃO
GOVERNO FORMA GRUPO DE TRABALHO
O presidente da Cegás, Hugo Figueiredo, explica que foi criado um grupo de trabalho, formado por Cegás, Seinfra, Cipp e Kolgas, para gerir as discussões dos aspectos técnicos, financeiros e de composição acionária.
A participação do Estado ainda será definida, podendo ter parceria da Adece ou do Cipp, com participação menor do Estado no investimento. O papel da Cegás estará na relação com a demanda e também como agente alavancador dos projetos das termelétricas, que são consumidoras de gás natural.
ESTRUTURA
GÁS NATURAL PARA O INTERIOR
Pelo que o governo do Estado desenha, o gás assumirá um papel mais relevante na matriz energética do Ceará, garantindo estabilidade no fornecimento de energia. A proposta pretende tornar o fornecimento mais acessível tanto no aspecto do fornecimento quanto no de preço.
“Em horários de pico, o gás natural pode ser mais barato que energia hidráulica”, acrescenta Figueiredo. O presidente da Cegás afirma que a demanda pelo produto cresceu e que uma das propostas da empresa com a regaseificação é levar o GNL, de trem ou caminhão, para o Interior, em caminhões e trens especializados.
MATRIZ ENERGÉTICA 1
TERMELÉTRICAS NO PECÉM
A escolha de parceiros coreanos para o projeto, segundo Antônio Balhmann, ocorreu em função da convivência desses investidores com as realidades brasileira e cearense. “Os coreanos já perderam o medo do Brasil”, explica.
Com a planta de regaseificação, haverá um reforço na atuação das termelétricas do Pecém. Além da Pecém I e II, instaladas na região, haverá pelo menos mais duas implantadas na área. Um desses projetos ficará dentro da ZPE e outro fora, para garantir o fornecimento de energia.
MATRIZ ENERGÉTICA 2
DISPUTA EM LEILÃO
Um desses projetos de termelétrica do Pecém deve participar do leilão de energia do Governo Federal previsto para o final deste ano, e tem parceiros norte-americanos e europeus.
COMERCIALIZAÇÃO
COMPLEXO PRAIA CANOÉ
A área de loteamentos percebe um retorno do mercado. O Complexo Praia Canoé, por exemplo, vendeu mais da metade dos lotes dos dois primeiros residenciais. O primeiro residencial (168 lotes) será entregue em julho de 2018.
O consumo é a única finalidade e o único propósito de toda produção”
Adam Smith (1723- 1790), filósofo e economista escocêsRÁDIO
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