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Ceará: saída pelo oceano

2017-08-12 01:30:00

A cidade de Fortaleza tem atualmente US$ 497,3 milhões aplicados na abertura de empresas limitadas por 3.448 investidores de 84 países.


A Capital é a porta de entrada para a realização de negócios, atraindo principalmente portugueses, espanhóis e italianos na realização de projetos imobiliários, turísticos e comerciais e de serviços.


O número total de investimentos diretos no Estado chega a US$ 873,6 milhões; somado ao aporte de recursos de 20 sociedades anônimas, representa um total de US$ 2,8 bilhões.


Estes números, catalogados pela Junta Comercial do Ceará e organizados pela Câmara Brasil Portugal no Ceará, publicados na edição especial do jornal O POVO de quinta-feira, em inglês, mostram como a Capital ainda centraliza os negócios, junto com cidades da Região Metropolitana como Caucaia, São Gonçalo e Eusébio.


Com a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e o polo de Saúde do Eusébio, a tendência é de aumento dessa centralização de negócios no Estado, embora cidades de porte médio, como Juazeiro do Norte e Sobral, também atraiam projetos importantes. O impacto desses investimentos na geração de empregos e na sustentação dos negócios locais ainda deve ser analisado, mas certamente a situação seria crítica sem a entrada de novas companhias no Estado.


NEGÓCIOS 1


RISCO DE AGRAVAMENTO DA CENTRALIZAÇÃO


Apesar do risco de uma centralização maior dos negócios na Região Metropolitana, a atração de investimentos diretos, em um momento de crise como a que o País atravessa no momento, representa uma grande saída.


Esse processo tem ocorrido com resistência de parte da indústria do País, principalmente de São Paulo, que sempre assumiu posição contrária à instalação das ZPEs, sob a alegação de enfraquecimento da indústria nacional.


Atualmente, com a tentativa de sepultamento da guerra fiscal, a ZPE é uma forma de atração de negócios interessantes, embora sofra com as limitações impostas pela lei.


NEGÓCIOS 2


SOCIEDADES ANÔNIMAS


O maior volume de recursos injetados no Ceará por estrangeiros através de investimentos diretos ocorreram através de sociedades anônimas. Eis apenas alguns projetos: Companhia Siderúrgica do Pecém (com participação das coreanas Posco e Dongkuk); a belga Tractebel; a portuguesa EDP; a italiana Enel; a alemã E.on; a australiana Nufarm; a colombiana Corona; o grupo espanhol Cie Automotive; a israelense Strauss; e a inglesa Diagio.


CVC


TIRO CERTO E ALTA DE 12,8%


Mesmo com as dificuldades financeiras geradas pela crise, quem conseguiu preservar sua renda tenta deixar uma reserva para as férias. O resultado desse comportamento refletiu no balanço do grupo CVC, que conseguiu alta de 12,8% nas vendas no primeiro semestre.


O presidente da CVC, Luís Eduardo Falco, em entrevista ao O POVO Economia, informou que a empresa tentou se ajustar às dificuldades do mercado e criar alternativas. No caso do Ceará, um dos principais destinos da CVC, a estratégia passou pelo fretamento de voos e acordos com a rede hoteleira local para manter preços, fortalecendo destinos como Jericoacoara.


“Não existe uma bala de prata”, diz Eduardo Falco, destacando que a companhia tem realizado vários ajustes para manter os pacotes turísticos.


CABOS SUBMARINOS


CONEXÃO COM O MUNDO


O CEO da Angola Cables, Rafael Pistono, acredita que em breve haverá um impacto da instalação de cabos submarinos nos projetos de banda larga em Fortaleza. Ou seja: a cidade passará usufruir mais do fato da sua localização ser estratégica.


A Angola Cables conta com outros dois projetos no País. O investimento é de US$ 300 milhões e deve proporcionar o que se chama de “hub tecnológico”, possibilitando a melhora das conexões. Os projetos são o cabo Monet (que ligará Miami, nos Estados Unidos a Santos, passando por Fortaleza, e que deve começar a operar no último trimestre de 2017) e a construção de um Data Center internacional (já em construção, previsto para o primeiro semestre de 2018).


ENCOMENDA


MOVIMENTO DAS CONFECÇÕES


O setor têxtil aposta todas as fichas neste segundo semestre para a recuperação das vendas. A expectativa é de que as encomendas para o fim do ano sejam iniciadas este mês. Na próxima semana, a partir do dia 16, no Centro de Eventos, o Sinditextil promove o Ceará Fashion Trade, uma feira internacional de negócios, com a participação de 65 empresas.


EXPORTAÇÕES


SALTO NO PECÉM


A diretora comercial da Cearáportos, Rebeca Oliveira, informa que não foi só a produção de placas de aço que ajudou no salto de 75% da movimentação do Porto do Pecém. Ela destaca que as exportações de frutas superaram 38 mil toneladas.


Um homem de negócios é um cruzamento entre um dançarino e uma máquina de calcular”

Paul Valéry (1871-1945), filósofo francês

RÁDIO


O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas. Destaque para o quadro “Sobe e desce da economia”, com o jornalista Nazareno Albuquerque.


TV


Você pode assistir ao programa O POVO Economia também através do portal: tv.opovo.com.br/opovoeconomia.

 

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