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Eólicas: falta de leilões deixa mercado apreensivo

2017-07-21 01:30:00

As empresas de energia eólica estão apreensivas com a falta de definição das datas dos leilões. A ausência de regularidade nos pleitos tem desanimado investidores internacionais, principalmente depois do cancelamento de um leilão às vésperas da data de sua realização.


O consultor de energia da Fiec e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis, Jurandir Picanço, informa que as companhias estão atualmente ocupadas atendendo os contratos firmados de dois anos atrás.


Como novos leilões não foram agendados, a perspectiva é de que faltarão encomendas a partir do próximo ano. No caso do Ceará, há toda uma cadeia produtiva envolvida nas atividades. “Se não forem firmados novos contratos, as empresas podem fechar”, alerta.


O governo acena com a possibilidade de um novo leilão em outubro, mas nenhum cronograma foi anunciado até agora, deixando o setor mais inseguro.


LUZ PARA O CEARÁ


61 PARQUES EM ATIVIDADE


Desde o final de 2016, as companhias aguardam a definição de novos leilões. Essa agenda de contratos é importante para manter o segmento funcionando. Atualmente, existem 61 parques eólicos no Ceará, que iluminam um terço do estado.


NOVA MATRIZ


ENERGIA DE 50% DO NORDESTE


A matriz de energia do Nordeste tem mudado na última década. Jurandir Picanço ressalta que 50% da região têm a energia garantida pelos parques eólicos, que assumiram uma posição superior à das térmicas. Como as chuvas não têm sido suficientes para repor as águas dos reservatórios do Rio São Francisco, as hidrelétricas vêm diminuindo sua participação no setor de energia.


GARANTIA DE MANUTENÇÃO


SUZLON DEIXA MERCADO


A Suzlon, fabricante indiana de turbinas eólicas, está deixando o Brasil. A companhia tinha uma unidade no Ceará e já vinha se desfazendo dos seus projetos. A saída da empresa é atribuída a problemas internos, mas deixa um gosto de oportunidade perdida.


O grande problema da retirada da empresa no mercado está na preservação dos equipamentos, o que preocupa o setor. Entretanto, a companhia avisa que pretende conservar contato com os clientes que adquiriram seus equipamentos e garantir a manutenção.


PORTO 1


EXPORTAÇÕES DE AÇO


O Porto do Pecém é atualmente uma das cerejas do bolo do Governo do Estado. Ontem, foi alcançado o marco histórico de embarques de placas de aço, com o envio de 2 milhões de toneladas do produto da Companhia Siderúrgica do Pecém para a Polônia. A Cearáportos coordena a operação e tem mostrado os resultados crescentes no volume de exportações.


PORTO 2


TRANSFERÊNCIA DA TANCAGEM


Enquanto isso, no porto do Mucuripe, as companhias aguardam a definição de como será a transferência da tancagem de combustível para o Pecém. Falta uma determinação sobre as novas atribuições do equipamento, que provavelmente sofrerá uma perda de 60% da receita com a migração do segmento para o CIPP.


PORTO 3


IMPACTO NOS PREÇOS


As distribuidoras de combustíveis instaladas no Mucuripe também aguardam um posicionamento do Estado e querem conhecer melhor o projeto de tancagem do Pecém. Há a esperança de uma reunião, com a intermediação da Comissão de Direito Marítimo da OAB, para conhecer os detalhes da proposta, mas até agora a entidade não conseguiu agenda com os secretários e o governador.


Dinheiro não é problema: as companhias já informaram que têm interesse em investir, mas querem os detalhes dos projetos para se estruturar. Há também uma desconfiança sobre o tempo para a realização das obras.


Como o governo Camilo Santana se prepara para o seu último ano, existe o receio de que não haja tempo para se firmar todos os contratos. Enquanto o problema não é resolvido, boa parte do combustível que abastece Fortaleza chega através de transporte rodoviário e de navio, ajudando a encarecer os preços.


O alvo da ciência é prever, e não, como se tem dito frequentemente, compreender”

Pierre omte du Nöuy (1883-1947), filósofo francês

RÁDIO


O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas. Destaque para o “Atacado e Varejo”, com o jornalista Eliomar de Lima.

 

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