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Ceará pode conseguir R$ 4 bi para negócios na saúde

2017-07-04 01:30:00
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O acordo Brasil-China deve propiciar uma aplicação de R$ 4 bilhões na área de saúde. O setor é considerado prioritário dentro das negociações.


Ontem, representantes do China Development Bank (CDB) e da empresa China Meheco Corporation visitaram a ZPE para estudar as possibilidades de abertura de unidades no Ceará.


A empresa chinesa Meheco opera na produção de fármacos e foi habilitada pelo CDB a realizar investimentos com esses recursos do acordo. A companhia pode abrir duas fábricas no Ceará: uma no polo de saúde do Eusébio e outra na ZPE, com produtos voltados para exportação.

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A diretoria executiva da ZPE e o secretário Antônio Balhmann mostraram as vantagens para as empresas que se instalarem no estado, dentro do regime de suspensão tributária e de liberdade cambial. O banco chinês pretende financiar projetos na área hospitalar no Brasil, iniciando suas operações pelo Ceará.


O projeto da Meheco é considerado fundamental dentro desse processo porque deve ser apresentado como caso de sucesso para atrair recursos na área de infraestrutura e para a proposta de instalação da refinaria no Pecém.


COMPLEXIDADE 1


MUDANÇAS NA ÁREA DE ENERGIA


O mercado de energia aguarda com ansiedade por mudanças no setor. Há, de um lado, a expectativa de reorganização do segmento; do outro, o receio de que as mudanças possam gerar novas complicações.


Na semana passada, o Ministério de Minas e Energia lançou a portaria 251, que abre uma consulta pública para discutir o relatório “Princípios para Reorganização do Setor Elétrico Brasileiro”. Ontem, o primeiro passo para iniciar o processo foi dado, com a publicação das regras que nortearão os trabalhos, cujos princípios foram separados em três tópicos: eficiência, equidade e sustentabilidade.


Os representantes das empresas e executivos que trabalham na área de energia no Ceará também resolveram acelerar o processo para dar a sua contribuição. O coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Joaquim Rolim, criou um grupo, que será coordenado pelo consultor Jurandir Picanço para analisar o relatório e apontar eventuais mudanças; mas já há discordâncias sobre a forma de condução do governo. “É inadequado fazer mudanças no setor elétrico através de Medida Provisória (MP)”, alerta Jurandir Picanço.


COMPLEXIDADE 2


Temor sobre acirramento de disputas


Como o lançamento da portaria é recente, ainda não houve tempo para uma leitura apurada do relatório. Joaquim Rolim explica que já estava sendo criado o grupo para sugerir medidas, mas os trabalhos serão iniciados agora.


A consulta pública deve nortear as ações do governo através de Medida Provisória, estabelecendo regras para o setor elétrico, que apresenta uma complexidade maior do que outras áreas. Apesar disso, há um temor de que as mudanças acrescentem novos problemas, em função das próprias disputas internas que ocorrem no segmento, como a disputa por benefícios entre as áreas de energias renováveis e termelétricas.


COMPLEXIDADE 3


POLÍTICA X RESULTADOS


O que mais assusta o segmento são as possibilidades de intervenção política. O Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, já avisou que pretende acelerar as mudanças e o receio é que isso ocorra para fins eleitorais em 2018.


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é reconhecida pela competência dos seus técnicos, mas o Ministério de Minas e Energia, na avaliação de pessoas do setor, não possui equipes com o mesmo respaldo. Portanto, teme-se que as decisões não sejam norteadas por uma base técnica.


COMPLEXIDADE 4


DISCUTIR PRINCÍPIOS É POUCO


Jurandir Picanço explica que discutir princípios para um setor como o de energia é muito pouco diante do que ele precisa. “É necessário um processo mais estruturado com a participação de todas as entidades”, ressalta.


O Ministério de Minas e Energia informou que as propostas devem ampliar o escalonamento do mercado livre de eletricidade. Nesta área, grandes consumidores realizam contratos de suprimento de energia diretamente com geradores ou distribuidoras.


COMPLEXIDADE 5


11 DE SETEMBRO DA ENERGIA NO BRASIL


Como as discussões sobre as mudanças no mercado de energia são iniciais, ainda não é possível falar sobre as repercussões na tarifa. A única certeza é de que qualquer medida tomada será paga pelo consumidor final.


O advogado Bernardo Viana, que atua na área de energia, acredita que a consulta pode ajudar a reorganizar o setor. Ele conta que desde 2012, durante o governo Dilma Rousseff, quando foram impostas medidas para a redução de tarifa, o segmento ficou desorganizado, o que gerou um volume bilionário de ações na justiça.


“Esse foi o 11 de setembro da energia no Brasil”, acrescenta.


Você pode dizer os valores de uma nação por suas propagandas”

Norman Douglas (1868-1952), escritor britânico

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