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A Justiça continua cega

2017-06-10 01:30:00
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O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, tem razão ao dizer que o Brasil está mais para “psicanálise” do que para “análise econômica”. Temos crises com o que deveria ser referência para a Nação. Perdemos o modelo de “grande pai” que, para muitos, deveria ser o papel do Estado.


Também não houve Complexo de Édipo que conseguisse sustentar o desastroso governo da presidente Dilma Rousseff. Diante dessa situação, ficou difícil investir libido no setor produtivo e o Brasil tem se tornando uma nação envergonhada com as comprovações e delações de sandices de governantes para se manter no poder.


Para piorar, o resultado da votação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrou mais uma vez que a justiça eleitoral é cega e possui mais ego do que superego. Os agentes do mercado já tinham dado o seu diagnóstico sobre as paranoias nacionais e adiantado os resultados: acertaram.


Apostam agora na pulsão de vida e na pulsão de morte, simultaneamente, e esperam mais surpresas para a semana que vem. Na pulsão de vida estaria a continuidade das reformas previdenciárias e trabalhista, tratando os seus oponentes com indiferença; na pulsão de morte ficaria o fim do governo Temer, que pode sucumbir em função do seu isolamento.


Quanto a quem assiste isso tudo, ficam os recalques, castrações e depressões; o que pode brotar a partir desses sentimentos, só o tempo dirá.


BETÂNIA 1


AMPLIAÇÃO DE PRODUÇÃO


O ano de 2017 deve ser mais um ano morno, sem resultados animadores para a indústria, mas a previsão é de ampliação da planta industrial do grupo CBL Alimentos, dono da marca Betânia.


Em entrevista à coluna, o empresário Bruno Girão, CEO do grupo, ressalta que não há nenhuma mudança significativa no contexto de mercado; mas, como historicamente o Brasil não passa muito tempo em períodos de recessão, a aposta é na recuperação do País.


Mesmo com o mercado retraído, a Betânia está investindo em marketing, na modernização de plantas industriais e em novas linhas de produção. Não há esperança de grandes retornos em 2017: as projeções de aumentos são feitas para os próximos anos. Bruno explica que a empresa vinha fazendo o dever de casa e investe em produtos novos, brigando não só por preço, mas também por qualidade.


BETÂNIA 2


APROXIMAÇÃO COM O VAREJO


Outra aposta do grupo CBL é na aproximação com o varejo. Como o segmento está pressionado e a empresa é local, o empresário afirma que pretende ampliar o contato com os clientes para aumentar a frequência de compras e o giro de produtos.


O segmento lácteo tem uma característica que ajuda o Ceará e a marca Betânia: a cadeia produtiva funciona com muita proximidade, diferentemente de áreas como o trigo ou o café, por exemplo, cujos principais insumos são adquiridos em estados às vezes distantes e até em outros países.


Bruno Girão explica que essa característica do segmento gera uma identidade regional e faz com que as grandes empresas do ramo se transformem em alavancas do desenvolvimento no Nordeste.


BETÂNIA 3


CAMINHO PARA O CAPITAL ABERTO


Quanto à negociação com o fundo de investimentos norte-americano Arlon Latin America Partners, que comprou 20% de participação na CBL, Bruno diz que a operação atesta o selo de qualidade do grupo, que passou por várias diligências. “Esse é um primeiro passo; o segundo estágio pode ser o mercado de capital aberto”, acrescenta.


Bruno Girão diz que o sonho de todo empreendedor é perpetuar sua empresa e o processo de governança tem sido fortalecido.


ADECE


PROSPECÇÃO NA ÁREA DE CALÇADOS


A presidente da Adece, Nicolle Barbosa, esteve em Franca, no interior de São Paulo, prospectando investimentos na área de calçados, acessórios e tintas. Entre as indústrias visitadas está a Dikka, uma fábrica de tintas que atende os setores automotivos, couro sintético e calçados. A companhia está instalando unidade em Juazeiro do Norte.


PORTO DO PECÉM


CEARÁPORTOS COMEMORAINCREMENTO DE 92%


O Ceará parece que anda na contramão do País e intensifica a sua participação em rotas de comércio internacional. A Cearáportos registrou até maio uma elevação de 92% em relação a 2016. Se nas importações o crescimento foi expressivo, com aumento de 62%, nas exportações os volumes foram mais que quadruplicados (passaram de 398.375 t para 1.661.401 t).


A diretora comercial da Cearáportos, Rebeca Oliveira, em entrevista à coluna, diz que os resultados foram puxados pelo segmento de siderurgia e pelas exportações de pás de energia eólica. As previsões são animadoras: até o final do ano, a movimentação esperada é de 14 milhões de toneladas, o que deve se realizar; nos primeiros cinco meses de 2017, já foram somados 6 milhões de toneladas.


CARTÃO


TAXA DE 9,8% NO ROTATIVO AO MÊS


Os juros rotativos do cartão de crédito deram uma aliviada. Pelos números da Abecs, associação que representa o setor, a taxa estava em 9,8% ao mês (207,9% ao ano) até a quarta semana de maio. Em março, antes das novas regras, a taxa registrada era de 15,4% ao mês (455,4% ao ano).

 

Injustiça produz revolta nuns e noutros as revoltas, os ódios, as contendas; ao passo que a justiça gera a concórdia e a amizade”

Platão (427-347 a. C), filósofo grego

 

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