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Veículos: mercado mais cauteloso

2017-02-07 01:30:00
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Neila Fontenele

neilafontenele@opovo.com.br


Os bancos estão mais cautelosos na liberação de crédito para venda de veículos. Diferente do período de financiamentos mais fáceis, em que as parcelas alcançavam até 84 meses, atualmente a avaliação do cadastro é mais criteriosa.


Os parcelamentos mais comuns na área de seminovos, por exemplo, chegam a, no máximo, 36 meses. O histórico do cliente também é estudado: mesmo aqueles sem restrição no Serasa podem ter problemas, caso tenham apresentado pendências no passado.


As restrições são encaradas no mercado como uma via de mão dupla. De um lado elas atrapalham; de outro, ajudam porque tornam o crédito saudável. O vice-presidente do Sindicato dos Revendedores do Ceará (Sindivel), Everton Fernandes, diz que a inadimplência está sob controle e as projeções de risco são menores. Pelo menos existem essas duas boas notícias, diante das dificuldades da conjuntura econômica nacional.


Restrições 1


VENDAS DE SEMINOVOS SOBEM 9,6%


A área de venda de seminovos de 0 a 3 anos teve um crescimento de 9,6% em 2016, mesmo com os controles do crédito. O percentual foi inferior à média no Brasil, que aumentou 23%. O incremento é atribuído à crise. Ou seja: parte da clientela migrou para esse segmento em função dos preços mais acessíveis.


Restrições 2


CUIDADOS COM CADASTROS


Em entrevista ao O POVO Economia, Éverton Fenandes explica que a cautela do setor financeiro é normal. “Há um cuidado para que o cliente não pegue um empréstimo que ele não possa pagar”. Mesmo assim, ocorrem negociações intensas nas lojas, inclusive entre vendedores e representantes das financeiras. “O consumidor também está mais racional e só quer o que cabe no orçamento”, acrescenta.


Restrições 3


ESPERANÇAS PARA MARÇO


O presidente da Fenabrave, Fernando Pontes, ressalta que os cuidados dos bancos para a aprovação de crédito não são problema para as revendedoras de veículos novos; o mercado é que realmente anda parado. O empresário lembra que os meses de janeiro e fevereiro sempre apresentam queda nas vendas, devendo haver uma retomada do segmento em março.

 

Imóveis


450 UNIDADES VENDIDAS


O segmento imobiliário há pelo menos dois anos controla melhor os lançamentos para não elevar demais os estoques, mas algumas áreas continuam mostrando a demanda reprimida.


A Moura Dubeux (MD) parece que tem identificado bem esses nichos. A empresa informa que, em seu balanço de 2016, o saldo final foi mais positivo que do ano de 2015. Eis o resultado: R$ 175 milhões em vendas e 450 unidades comercializadas.


O diretor regional da MD, Fernando Amorim, conta que o terceiro trimestre foi o melhor do ano, em função do empreendimento Boulevard Shopping Residences.


Corecon- CE


METAS PARA 2017


A nova diretoria do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE) tem duas metas para este ano: a primeira é trabalhar o tema da educação financeira nas escolas de Ensino Médio através de palestras; a segunda é mostrar ao mercado as múltiplas tarefas dos economistas. O atual presidente do Corecon-CE, Lauro Chaves Neto, e seu vice-presidente, Ricardo Eleutério Rocha, assumiram a entidade em janeiro.

 

DimiCuida


CUIDADOS NA INTERNET

 

O Instituto DimiCuida, fundado em Fortaleza para prevenir “brincadeiras perigosas” pela Internet (entre eles os jogos de desmaios), participará hoje, em São Paulo, de evento mundial promovido pela SaferNet, CGI.br e NIC.br em parceria com o Google, realizado simultaneamente em mais de 100 países. O fundador do instituto, Demétrio Jereissati, e a psicóloga Fabiana Vasconcelos farão parte do painel “Usuários: Como educar e mobilizar redes para uma Internet mais positiva”.


Uma estabilidade bem-sucedida sem uma elevação das taxas de juros assemelha-se a um Hamlet sem o príncipe da Dinamarca”

Ruduger Dornbush (1942-2002), economista teuto-americano

Rádio


O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas. Destaque para o quadro “Atacado e Varejo”, com o jornalista Eliomar de Lima.

 

Adriano Nogueira

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