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Cobertura da Copa
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Cobertura da Copa


Com a saída da Seleção Brasileira da Copa do Mundo, é claro que a cobertura jornalística – inclusive a local – passa por transformação. Mudam os focos, mudam as pautas. Com o Brasil em campo, é sempre necessário um investimento maior: mais repórteres na rua, mais olhares atentos às histórias envolvendo o verde-amarelo, mais editores trabalhando, mais matérias produzidas e publicadas. Isso não significa que, a partir de agora, finde-se a cobertura. Afinal, até o dia 15 de julho as seleções ainda disputam o maior título do futebol. No entanto, com o Brasil na disputa, o assunto sempre chama mais atenção.


Um dos pontos positivos no O POVO, nesta Copa, tem sido a publicação diária do suplemento impresso “Esportes Especial Copa”. Em formato tabloide, é mais fácil de manusear e tem agradado aos leitores. Além das matérias, todo dia há análise das seleções e dos jogadores. A seção “Direto da Rússia” traz informações do país-sede da Copa, por vezes curiosas, por mais que não se deem mais dados sobre quem é o autor dos textos. Apenas publica-se o nome dele e deixa-se o leitor inferir, pelo título da coluna, que ela está sendo escrita da Rússia.


A tabela dos jogos, veiculada na última página, vez por outra saiu com erro, o que atrapalha quem acompanha todos os jogos. Um número que seja causa confusão em quem preenche rigorosamente os espaços.


Em geral, O POVO tem coberto o Mundial de modo sóbrio e coerente – tenho afirmado isso nas avaliações internas. Não percebo um tom de deslumbramento nos textos nem um clima de pessimismo. Há um equilíbrio no geral. E isso é bom, visto que lidar com jornalismo esportivo é sempre tratar com paixões.


Além-Copa


O assunto também tem estado nas manchetes do O POVO com frequência nesse período. Em julho, até sexta-feira passada, das seis edições do mês do O POVO, cinco haviam dado manchete de capa à Copa do Mundo. Em junho, desde o dia 14, data da abertura do Mundial, foram quatro manchetes de capa para o tema. É importante lembrar que o Diário do Nordeste, concorrente direto do O POVO, não deu manchete de capa nenhuma vez para o Mundial, desde a abertura do evento. No entanto, dedicou, em todas as edições, algum espaço na capa para o assunto.


Quem está certo e quem está errado? São opções que cada um fez, baseados em sua linha editorial, nos interesses de seus leitores e no que pensam que mais satisfará o público no dia seguinte. O que não se pode é ignorar o restante do contexto que continua a existir, além da Copa.


Na última segunda-feira (2/7), por exemplo, o Diário do Nordeste trouxe em manchete de capa: “Cajazeiras – Investigação da chacina mostra crueldade dos criminosos”. Em uma reportagem de duas páginas, o jornal detalhou o processo que ocasionou as mortes na tragédia conhecida como Chacina das Cajazeiras, ocorrida em 27 de janeiro deste ano – um assunto, em geral, bem coberto pelo O POVO, que, além dos dados oficiais, acompanha o assunto, ouve histórias das famílias, conta casos das pessoas envolvidas e tenta explicar a confusão absurda que tem vitimado tanta gente em meio à guerra entre facções criminosas.


A resposta por aqui só veio na quinta, 5/7. Anunciada em uma chamada de capa tímida, a reportagem do O POVO apresentava: “Chacina das Cajazeiras – Mais de 100 tiros”. A partir do laudo pericial a que tivemos acesso, detalhamos o massacre, também tendo como mote a “crueldade”. Quem já havia lido no começo da semana no concorrente não se surpreendeu. Para o leitor apenas do O POVO, ficou a informação. Alguns dias depois do furo do concorrente, é verdade.


Erramos menos?


Publicar menos erratas jornalísticas significa que estamos errando menos? Ou que estamos dando menos atenção às correções que devem ser feitas? Segundo levantamento do O POVO.Doc, o setor responsável pelo banco de dados do Grupo, no mês de maio o jornal publicou apenas 7 Erramos – dois em colunas (Neila Fontenele e Eliomar de Lima) e cinco sobre informações erradas de matérias. Um da Farol, um da Política e três de Cidades (um deles corrigia três informações). No mês de junho, O POVO publicou somente um Erramos – de Política.


Corrigir informação não é favor que se presta ao leitor. É um compromisso que se assume com a verdade.

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