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O POVO na internet
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O POVO na internet

 

Daniela Nogueira

 

As tecnologias e a forma como lidamos com essas ferramentas têm norteado a prática jornalística já faz algum tempo de modo irreversível. Assim, não se admite mais a mera transposição das notícias do meio impresso para o meio online. É por isso que as redações dos jornais e dos demais veículos de comunicação têm investido, cada vez mais, na produção de conteúdo para a internet e na criação de redações próprias para as plataformas.

 

O leitor mais tradicional, habituado às chamadas mídias convencionais, não deixa de existir. Mas os novos leitores estão sendo conquistados para o online. (Já percebeu que cena rara é ver um adolescente folhear um jornal de papel?) Nesse novo cenário, que se transforma numa velocidade absurdamente alta, os paradigmas estão mudando, mas um pilar básico do jornalismo deve se manter – a qualidade da notícia. Simples e óbvio na teoria. Nem tão evidente assim na prática.

 

A velocidade na publicação das informações, a ansiedade de querer ser o primeiro veículo a publicar a notícia com exclusividade (o famoso “furo”) e a busca constante pela atualização, inerentes à prática jornalística do meio online, são arriscadas, porque podem fazer com que uma informação seja publicada parcialmente correta ou incompleta. Ou incorreta.

 

O POVO Online, a página do O POVO na internet, reúne tanto as informações do jornal impresso como notícias produzidas pela redação do online. Na página principal, a home, há variedade quanto aos assuntos. Logo no começo, as notícias mais recentes (factuais). Chamadas para blogs, colunas, agenda cultural, esportes e entretenimento seguem abaixo. Os vídeos têm destaque na parte inferior após as matérias especiais.

 

Um portal difícil

Há uma crítica recorrente – e antiga – de que não é fácil encontrar notícias pelo portal. Às vezes, consegue-se mais rapidamente encontrar as notícias do O POVO pelos buscadores da internet do que pelo próprio portal. É um ajuste que já deveria ter sido feito há tempos.

O espaço para algumas notícias, por vezes, parece disputar com a quantidade de blogs. A concentração de chamadas e a presença constante de alguns blogs chamam a atenção, principalmente porque os temas que envolvem entretenimento, diversão e notícias de celebridades, famosos e afins são bastante frequentes. Os tópicos e demais blogs com notícias de interesse mais regional não têm tanta visibilidade.

É claro, há público para o assunto do entretenimento e das notícias dos famosos. Gera audiência, rende cliques, visualização de páginas, usuários online. Não há como negar. Mas é inegável também que há um interesse por demais temáticas, que devem ser apresentadas ao leitor. É inegável também que há valores diferentes de formação no jornalismo que devem ser apresentados aos usuários.

Nas mídias sociais do O POVO, as postagens de conteúdo lúdico são extremamente recorrentes. Não devem ser banidas, mas deve haver mais equilíbrio no que estamos publicando. É preciso nos lembrarmos, a todo momento, o que é “interesse público” e o que é “interesse do público”, duas expressões-chave que os jornalistas aprendem desde cedo e que nunca deveriam esquecer – ou das quais deveriam sempre se lembrar.

Segundo Thadeu Braga, editor do O POVO Online, o maior desafio do jornalismo online hoje é garantir informação de qualidade: “Obviamente, o volume de informações é maior (em relação ao impresso) e a pressão do tempo também, o que potencializa esse desafio e nos exige ajustes rápidos e constantes de rota. Outro ponto é que o público é mais diversificado, o que exige que o Portal cubra um leque maior de assuntos com uma variedade maior ainda de linguagens. Daí porque é necessário ter essa multiplicidade de olhares, tanto no noticiário geral como no entretenimento”.

Já evoluímos muito de alguns anos para cá, quando nem equipe de redações online tínhamos. O nosso parâmetro, porém, deve ser sempre o melhor. Mesmo aos 90 anos de idade, O POVO não é um senhor jornal sisudo, inflexível e teimoso. É um senhor que se renova e aprende todo dia e, portanto, deve estar sempre aberto a ouvir mais os seus leitores, atender às suas demandas e preocupar-se em fazer parte de sua história. Os jornalistas não escrevemos tão somente para nós mesmos.

 

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