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A notícia que faltou
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A notícia que faltou


A terrível chacina no Benfica foi assunto de matéria no O POVO em vários dias na semana que passou. Mas as primeiras notícias da tragédia demoraram a estar nas páginas do jornal. Ocorrida na noite de sexta dia 9, ela só esteve nas páginas impressas no domingo, 11.

Quem pegou o jornal no sábado posterior, recebeu a seguinte manchete: “8.096 infrações por desrespeito à faixa”. Um assunto importante, o do trânsito e seus desdobramentos na mobilidade urbana. A reportagem que rendeu a manchete do jornal desse sábado estava completa, com entrevistas, números de infrações, várias fontes de diversas opiniões ouvidas. Mas não era a manchete do dia. A Cidade pedia por informações sobre outro assunto.

O concorrente Diário do Nordeste, em sua edição de fim de semana, apresentou a manchete na capa: “Nova chacina deixa ao menos sete mortos em Fortaleza”. Em matéria de página inteira, já trouxe nomes de vítimas, depoimento, lista com últimas chacinas locais, um relato amplo para o que se tinha poucas horas após a tragédia. Pela informação exposta na capa, o Diário fechou a edição às 4 horas. Um investimento válido para mostrar ao leitor uma informação mais “quente”, como se diz no jornalismo. Ou seja, mais atual.

 

Fechamento

Vários leitores entraram em contato questionando o fato de não haver encontrado a notícia da chacina no O POVO. Uma reclamação compreensível. É preciso lembrar que, pelos relatos noticiados, os crimes ocorreram depois das 23 horas. O horário já se aproxima do fechamento da edição do jornal. E era sexta-feira, um dia mais agitado na Redação, devido aos adiantamentos das edições do fim de semana. Em casos assim, muda-se toda a programação. Avalia-se o caso e decide-se se há necessidade de mudar matérias de página e negociar com o setor responsável pela impressão do jornal um novo horário de fechamento.
 

Lembro que, já na noite de sexta-feira, havia matéria sobre a tragédia no O 

POVO Online e nas redes sociais do O POVO. O texto citava as primeiras mortes por mais que não detalhasse ainda o acontecimento. A cobertura nas plataformas digitais se estendeu por todo o sábado.
 

Como o jornalismo é dinâmico (já dita um clichê um tanto conhecido), as decisões precisam ser tomadas logo. Por vezes, não há informações iniciais suficientes. Em outras situações, há erros de avaliação. Nem sempre se acerta. Nesse caso da chacina no Benfica, independentemente de como ocorreu, o leitor do O POVO impresso ficou sem informações no dia seguinte. Só teve acesso a elas dias depois.

Correções

Publico, ao lado, relação dos Erramos veiculados no O POVO impresso neste ano, por mês. A lista foi obtida com apoio do Banco de Dados do jornal. Até quinta-feira da semana que passou, foram 23 retificações – incluindo notas de coluna e uma matéria que corrigiu uma informação errada. É um número baixo para a quantidade de erros que ainda cometemos – seja por problemas de apuração, seja por falta de revisão – e que são apontados todos os dias.
O Erramos é um instrumento de credibilidade e um atestado de compromisso com o leitor, que percebe, muitas vezes, o equívoco e merece ser avisado da correção. Como o único jornal do Estado que publica a errata jornalística com mais frequência e rigor, O POVO precisa ainda mais corrigir os erros que são indicados. Não para mera exposição de suas incorreções. Afinal, o erro não é exclusividade do jornalismo. A publicação da correção serve, fundamentalmente, para prestação de contas com o leitor e para o registro histórico dos fatos.  

 

ATENDIMENTO AO LEITOR

DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, DAS 8H ÀS 14 HORAS
 

“O Ombudsman tem mandato de 1 ano, podendo ser renovado por até três períodos. Tem status de Editor, busca a mediação entre as diversas partes e, entre suas atribuições, faz a crítica das mídias do O POVO, sob a perspectiva da audiência, recebendo, verificando e encaminhando reclamações, sugestões ou elogios. Tem ainda estabilidade contratual para o exercício da função. Além da crítica semanal publicada, faz avaliação interna para os profissionais do O POVO”.

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(Se deixar recado na secretária eletrônica, informe seu telefone)

 

Por Daniela Nogueira

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