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De olho nas notas que se repetem em colunas
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De olho nas notas que se repetem em colunas

 

Tânia Alves

 

A repetição de assuntos em notas de colunas publicadas no O POVO é um dos temas que, reiteradamente, tenho debatido internamente. De julho para cá, pelo menos em dez ocasiões, enviei no comentário para a Redação alguma observação indicando notinhas que se replicavam nos espaços assinados por colunistas. Leitores também reclamam quando enxergam a perda de espaço com o mesmo conteúdo. Foi o que ocorreu no domingo passado (17/9). Um deles observou que nota sobre um curso de capacitação de uma empresa estava duplicada, com dados idênticos, em duas colunas distintas no caderno People. Ele, que já havia se manifestado anteriormente fazendo críticas sobre o problema, desta vez só enviou imagem das duas notas e escreveu: “Falamos sobre isso...”. Ele tinha razão. Os dados eram praticamente os mesmos. Naquele dia, a reincidência não parou aí. No mesmo caderno, outra notícia, desta vez, sobre um produto da casa, constava em duas colunas distintas. Pareceu falta de assunto.

Não é experiência confortável para o leitor que gosta de ler na plataforma impressa deparar com a mesma nota em colunas distintas, numa edição. A notícia perde uma de suas características, que é a novidade, para se transformar em algo banal. A repetição de notinhas não é algo incomum no O POVO e alcança temas diversos. Tanto pode ser sobre aniversários de personalidade como anúncio de recursos para obras públicas ou encontros empresariais. O replicar de notas com os mesmos dados, sem diferencial, fica excessivo.

Vale lembrar que a lógica da repetição já se estabeleceu na web, em que as informações, especialmente aquelas com potencial de engajamento, migram de um portal de informação para outro, de uma rede social para a seguinte, com as mesmas fontes e os mesmos dados. Entende-se aí que o público é diverso e fragmentado. No impresso, o público praticamente não muda, pois é formado, em sua maioria, por assinantes. O leitor que lê a coluna X é o mesmo que passa os olhos pelo que escreveu o colunista Y.

Uma informação até pode aparecer em mais de uma coluna do O POVO, mas que seja, pelo menos, em dias diferentes. Isso é papel da edição. No entanto, ela jamais deveria se apresentar de forma linear, com os mesmos dados. Isso é papel dos colunistas. É importante entender que as colunas devem ter suas especificidades com textos e estilos próprios. A diversidade é que as torna necessárias. Repetição de notas, como a registrada pelo leitor no domingo passado, não deve interessar nem a quem enviou para divulgação. Pois o excesso pode resultar em rejeição.

 

TÍTULO IMPRECISO GERA RECLAMAÇÃO
Um título de matéria publicada na editoria Radar, terça-feira passada (19/9), foi motivo de questionamento de um leitor. O conteúdo, que abordava a liberação de recursos para obras do Cinturão da Águas, foi assim apresentado: “Eunício libera R$ 20 milhões”. O leitor perguntou: “Quem libera é o senador (Eunício Oliveira), o Senado ou o Ministério da Integração?”

A pergunta do leitor tem sua razão de ser. O título está no mínimo impreciso, pois os recursos vêm do Ministério da Integração, e não do Senado. Além disso, não tem mais razão de ser a apresentação de notícias centrada em bajulação a personalidades políticas. Um senador, deputado ou vereador que consegue, por seu trabalho, liberar algum tipo de recursos em benefício de uma determinada comunidade nada mais fez do que obrigação. Foi eleito para isso. A notícia sobre o Cinturão das Águas tem interesse público, pois os cearenses enfrentam anos seguidos de seca. Portanto, devia ser publicada, mas não de forma personalista. O título, como foi elaborado, mais parecia conteúdo de jornal para divulgar o mandato de políticos. Não fica bem no O POVO.

 

SOBRE NOVIDADES NO O POVO AOS DOMINGOS
As edições dos dois últimos domingos de setembro trouxeram novidade para os leitores do O POVO. Em vez de um segundo clichê como sobrecapa para abrigar cobertura de eventos marcados para sábado à tarde ou à noite, agora o jornal tem edição única. A decisão acaba com o problema de levar uma edição para venda avulsa, sábado à tarde, e outra, no domingo, para assinantes, com notícias mais atualizadas. A mudança ficou mais nítida no fim de semana passado, quando o jornal trouxe como manchete principal a vitória do Fortaleza por 2x0 contra o Tupi (MG). O jogo começou às 16 horas e foi válido pela Série C do Campeonato Brasileiro de Futebol.

 

A mudança foi notada por um leitor que entrou em contato com a ouvidoria para relatar a experiência. “Agora eu compro na banca, aos domingos, o mesmo jornal que O POVO envia para os assinantes. Parabéns. Agora eu posso comprar o exemplar atualizado”, disse. Atualização e um jornal único para todos os leitores é o mérito da mudança implementada para os domingos.

 

PARA ACIONAR A OMBUDSMAN
Os leitores das diversas plataformas do O POVO podem entrar em contato com a ouvidoria pelo WhatsApp (85) 988 93 98 07; por email (ombudsman@opovo.com.br) e telefone fixo (3255 6181). O leitor pode ainda visitar a ombudsman se necessário. Basta ligar e agendar.

 

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