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O desafio de enfrentar os falsos perfis
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O desafio de enfrentar os falsos perfis


Um comentário deixado em uma matéria postada no O POVO Online, na quarta-feira passada (5/7), incomodou o leitor. Ele disse que acabara de ler uma matéria e que “novamente” havia visto um perfil fake (falso) já bem conhecido nos comentários de notícias do O POVO e que teria como objetivo contrapor quem votou no ex-presidente Lula.

 

“Esconde-se atrás de um personagem para tripudiar de quem pensa diferente. Gostaria muito que o portal banisse esse tipo de perfil. Ele não está adequado com a política editorial de vocês. Oxalá o jornal não se omita diante disso.” O leitor se referia à matéria “Testemunha de Cunha, Lula chama Temer de ‘ingrato’” .

O leitor tem sua razão de desconfiar do perfil que usa a imagem de um jegue no perfil e se identifica como “Eleitores do Lula”. Os comentários deixados por ele na matéria citada acima estão dentro de padrões aceitáveis, mas é um incômodo a não identificação na apresentação.

Pelo menos para os usuários, não é possível o reconhecimento. Os comentários feitos a partir de perfis falsos são desafio para os que trabalham com notícias. Eles se alastram pela rede. No noticiário político, é tão real como os panfletos, que antigamente eram jogados nas ruas de cidades, na véspera da eleição, com o objetivo de mudar o resultado do pleito. Hoje, muitos perfis falsos são criados com objetivo específico de atingir o eleitorado, assim como de enxovalhar os adversários com denúncias muitas vezes oriundas de notícias falsas.

Mas pode ser também só ausência de coragem para aparecer. De uma forma ou de outra, o jornalismo precisa olhar para estes perfis e ter precaução em relação a eles, já que é quase impossível deles se livrar.

Na quinta-feira passada, quando enviei o comentário do leitor na avaliação interna diária, questionei como lidar com eles no O POVO.

Enviei a mesma pergunta por email aos editores da área. Não recebi resposta.

Já é sabido que O POVO tem política para comentários, não permitindo, por exemplo, que eles usem palavras inadequadas, mas não pode parar por aí. É necessário pensar o que fazer para minimizar os efeitos dos perfis falsos, já que os portais de notícias são corresponsáveis pelos comentários deixados por eles. A política de permitir postagens de leitores deve ser mantida, pois, além de ser um espaço democrático, é o mais livre palco para a liberdade de expressão. Porém, ao se esconder por trás de um perfil falso, tenta-se forjar uma realidade. Isso pode gerar consequências negativas para o jornalismo. Parece que, até agora, a Redação não está preocupada com o problema.


ERROS SEM CORREÇÃO


No dia 4 de junho passado, abordei na coluna sobre o nome de um gestor que foi grafado errado e nunca corrigido. Após esta data, outro gestor teve seu nome editado com erro, sem que tenha sido retificado posteriormente, como determina o Guia de Redação e Estilo do O POVO. Desta vez, a grafia imperfeita saiu em uma coluna. No dia 19 de julho, na avaliação interna que envio para a Redação, destaquei que o nome do prefeito de Caucaia, Naumi Amorim, havia sido grafado de forma incorreta na coluna Lúcio Brasileiro. Aquela não era a primeira vez que o nome do gestor saía de forma inadequada naquela coluna. O Erramos nunca foi providenciado. O resultado é que, na quinta-feira passada (6/7), o colunista voltou a errar o nome do prefeito de Caucaia.

Desta vez, colocou a letra ‘r’, inexistente, no fim da palavra. Se tivesse providenciado a correção, seria didático e uma forma de não incorrer no mesmo erro.

Porém aquela não foi a única ocasião em que erros deixaram de ser corrigidos, mesmo quando eles são apontados por leitores. Um caso ocorreu no dia 19 do mês passado. A editoria de Esportes publicou a Loteca com um resultado inverídico. O leitor informou: “Na Loteca 754, o jogo 9, Portuguesa x Bangu, deu no O POVO, como resultado a coluna do meio, quando o correto seria a coluna 1. A Portuguesa venceu por 3 a 0. Lamentável para um jornal do porte de O POVO”. Ele tinha razão, mas até este sábado a correção não havia aparecido, embora a informação imperfeita possa causar prejuízo incalculável.

No dia 20 de junho, outro leitor detectou erro em um título de um conteúdo publicado na página 4, do Vida & Arte. Foi uma troca de tempo verbal. “Novidades chegarem e não chegaram aqui”, apontou ele. Este também ainda não foi reparado, embora o Guia de Redação informe que erros em títulos devem ser priorizados.

A Redação, no entanto, fez algumas correções em junho, num total de 13, segundo levantamento do Banco de Dados do O POVO a pedido da ombudsman (ver quadro elaborado pelo Departamento de Arte da Redação). Também publico o atendimento ao leitor do mês passado.

PARA ACIONAR A OMBUDSMAN


Os leitores das diversas plataformas do O POVO podem entrar em contato com a ouvidoria pelo WhatsApp (85) 988 93 98 07; por email (ombudsman@opovo.com.br) ou telefone fixo (3255 6181). O leitor pode ainda visitar a ombudsman se necessário. Basta ligar e agendar. 

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