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Cadê o Trem Bala?
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Cadê o Trem Bala?

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Na volta das minhas férias, na quarta-feira passada (1°/2), os leitores só queriam saber de uma coisa: o que ocorreu com o programa “Trem Bala”, da TV O POVO? Desde a última segunda-feira (30/1), o programa havia deixado de ir ao ar. “Eu acompanho a programação do Alan Neto, sou assinante do O POVO (jornal) há muitos anos e assisto ao “Trem Bala”, mas há três dias que não passa na TV. O que está acontecendo? Já estou sentindo falta”, disse um deles. Mais cinco telespectadores, que também são assinantes do impresso de longa data, como informaram, entraram em contato com a ouvidoria para saber sobre o programa de esportes, que era veiculado ao meio-dia na TV O POVO. Nas redes sociais, os usuários também deixaram questionamentos estranhando a falta de vídeos novos com o programa completo que todos os dias eram postados no Youtube. O último publicado havia sido do dia 27 de janeiro passado.


Enviei no comentário interno os questionamentos com pedido de uma resposta para ser enviada aos leitores. A assessora de imprensa do Grupo de Comunicação O POVO, Joelma Leal, confirmou que a TV O POVO passa por reestruturação por conta da necessidade de se adequar à nova realidade econômica do País e que a mídia vai ficar, por enquanto, com programação nacional. Pedi à diretoria de jornalismo uma resposta formal para ser publicada na coluna. Recebi do diretor-adjunto da Redação, Erick Guimarães, o seguinte esclarecimento: “Em virtude do atual cenário econômico, a TV O POVO está passando por uma revisão de toda a sua grade de programação local. Com isso, o programa ‘Trem Bala’ está suspenso desde a última sexta-feira (27), assim como o ‘Vertical S/A’. Os demais programas locais ainda estão sendo avaliados, podendo haver mudanças de grade nas próximas semanas.”


Já ouvia dos mais experientes, quando cheguei à Redação do O POVO, que onde não circula a informação, prolifera o boato. Que a TV precise passar por mudanças por causa da economia é um contexto possível de entender. Que os programas saiam da grade é comum acontecer em televisão, mas é necessária transparência em mudanças deste tipo. Deixar isso claro para o telespectador do programa teria sido uma boa iniciativa. Uma explicação formal não foi veiculada no impresso, por exemplo. No último programa, Alan Neto não chegou a se despedir do seu público. Informar com clareza para não deixá-los com dúvidas era essencial. Se usuários demonstraram desconfiança, é porque o ‘comunicado’ das mudanças não atingiu o objetivo. O público do “Trem Bala” sentiu-se órfão.


AINDA SOBRE 2016


Para encerrar o ano passado, publico os Erramos veiculados e o atendimento ao leitor de 2016. O levantamento das correções publicadas no impresso é feito, mensalmente, pelo Banco de Dados do O POVO. O atendimento ao leitor é computado pela ouvidoria. No atendimento ao leitor não está calculado o mês de janeiro, pois é o período de férias da ombudsman. (Ver quadro elaborado pelo Núcleo de Imagem do O POVO.)


De fevereiro a dezembro de 2016, 763 leitores entraram em contato com a ouvidoria para algum tipo de demanda em relação às várias mídias do grupo. Uma média de 69,3 atendimentos por mês. Em 2015, um total de 590 leitores acionou o ombudsman para fazer algum tipo de observação. Uma média de 53,3 atendimentos/mês. 


Em relação às correções, foram publicados 156 Erramos em todo o ano passado.

Uma média de 13 Erramos mensalmente. Em 2015, foram 141. 

 

Média de 11,75 ao mês.

SOBRE ESPERANÇA EM 2017

 

Na segunda-feira passada (30/1), a editoria Cotidiano publicou notícia informando que o jornal O POVO passava a integrar projeto nacional contra notícias falsas (http://migre.me/vYXQz). A iniciativa se chama “Projeto Credibilidade” e resulta de uma parceria entre o Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) e o Programa de Pós-Graduação em Mídia e Tecnologia (PPGMiT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O objetivo é ”refletir digital e desenvolver ferramentas e técnicas para identificar e promover um jornalismo confiável e de alta qualidade na internet”.


A participação do O POVO no projeto é louvável num momento em que a informação transita de forma tão intensa que está se tornando difícil saber o que é notícia (tem como uma das características ser verdadeira). A velocidade e a facilidade de transmissão de dados pela internet trouxeram a comodidade dos cliques, dos compartilhamentos, do protagonismo, mas também revelou ao mundo uma capacidade inesgotável de manipulação e de individualismo (só a minha opinião tem validade).


Quando se abraça um projeto desta natureza, só aumenta a responsabilidade de se apurar melhor, escrever com precisão escolhendo as palavras certas. Está se apostando em jornalismo que se conecta com a verdade, com a credibilidade.

Está se apostando num caminho. É isto que eu espero com mais rigor em 2017. 

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