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Qual o futuro das livrarias no Brasil?
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Qual o futuro das livrarias no Brasil?

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Livrarias abriram espaço neste Natal para os seus clientes expressarem o seu amor aos livros. Pequenos recadinhos são expostos nas paredes em post-its. Algo simples, despretensioso e com muito significado, principalmente em um momento de fechamento de lojas e de recuperação judicial de empresas.

 

A iniciativa é importante como campanha para valorização do livro e abre espaço para uma reflexão: é preciso também expressar amor às livrarias? É entristecedor passar por prateleiras vazias, sem reposição de estoques, ouvir vendedores dizendo: "este é o último exemplar", acentuando a palavra "último".

 

Segunda-feira, véspera de Natal, compradores de última hora tentavam achar alguma coisa nestes espaços. Pontos de encontros, contações de histórias, palestras, debates, e cafés, as livrarias possuem diversas funções, além da venda do livro.

 

E fica a pergunta: o que acontece com o setor neste novo momento de concentração e enxugamento? Os problemas de gestão, baixo índice de leitura e a concorrência on-line seriam as únicas justificativas para as dificuldades?

 

Existe o risco de um grande colapso nesse setor com o processo de recuperação judicial das duas maiores redes livrarias no País, Cultura e Saraiva (ambas respondem por cerca de 40% do segmento). No mercado, a informação que circula é de que as dívidas das duas redes seriam de quase R$ 1 bilhão.

 

Embora existam outras redes menores, o Brasil deve terminar o ano com aproximadamente 600 livrarias no País.

 

Enquanto isso, segundo dados de 2014, a cidade de Buenos Aires, sozinha, reunia cerca de 730 livrarias.

 

Livros

 

IMPACTO DA RECESSÃO

 

A venda online é apontada como uma das causas para a falência de grandes empresas, com margens menores de ganhos em função da competição por preços, com descontos considerados predatórios.

 

No Brasil, o quadro de recessão, a política acirrada de preços e os problemas de gestão tornaram a situação insustentável; mas ainda há possibilidades de saídas, com a entrada de novos investidores.

 

Também é importante ressaltar que existem redes de lojas de livros crescendo nesse universo de mudanças no modelo de negócio.

 

|Varejo 2

 

VENDAS NO CARTÃO

 

Conforme os dados da XP Investimentos, atualmente, mais de 80% das transações eletrônicas são capturadas através de máquinas de cartão. Em 2017, os pagamentos com cartão chegaram a R$ 1,36 trilhões - desse total, 55% se deram através de smartphone.

 

Embora a pesquisa não indique, basta olhar as ruas do Centro de Fortaleza para ver que não existe mais restrição quanto a essa modalidade de pagamento em relação ao comércio popular. Nesses casos, apesar de uma grande quantidade de pagamento em dinheiro, o cartão tem sido utilizado como uma forma mais segura de transação.

 

Farmácias 1

 

NICHOS DE MERCADO

 

A briga entre grandes redes de farmácias em Fortaleza demora a chegar ao coração do Centro. No entorno da Praça do Ferreira, por exemplo, chama atenção a força das farmácias populares.

 

Farmácias 2

 

FALTA DE EQUILÍBRIO

 

O presidente da Fecomércio-Ceará, Maurício Filizola, já afirmou que há um desequilíbrio no mercado de farmácias em Fortaleza. Ou seja: a velocidade de abertura de novas lojas não condiz com o volume de compradores, mesmo considerando o crescimento do setor farmacêutico.

 

O que é mais visível é a guerra pela ocupação de espaço.

 

BALANÇO DOS MEIOS DE PAGAMENTO

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A XP Investimentos fez uma análise de como o varejo está se adaptando às mudanças nos meios de pagamentos. O documento, publicado este mês, mostra que há um esforço para a integração das operações online e física, seguindo tendência do crescimento digital. Na avaliação dos executivos da XP, isso melhora a experiência do consumidor e traz um novo negócio para as varejistas explorarem.

 

Cerca de 20% das vendas transacionadas no crédito foram não presenciais.

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