Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
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O governador Camilo Santana deve decidir esta semana sobre os cortes de secretarias e também sobre o arrocho nos gastos do Estado. As propostas terão de passar ainda pela Assembleia Legislativa para ter início no dia dois de janeiro.
O secretário do Planejamento, Francisco Maia Júnior, que elaborou o pacote de mudanças, diz que a sua posição é técnica e baseada em uma visão sobre o papel do Estado na sociedade.
A decisão, entretanto, é do governador Camilo Santana, aclamado na última eleição com uma aprovação de quase 80% do eleitorado. Portanto, terá de mostrar resultados, sem aumentar impostos, e maximizando os resultados da arrecadação.
Pelo que se fala no Estado, a redução do número de secretarias não significa que o setor será esvaziado. Esse pode ser o caso do turismo, considerado uma das grandes vocações do Ceará.
Discussão 1
MUDANÇAS NA SETUR
Embora não tenha sido anunciada oficialmente nenhuma mudança, as pressões sobre cargos e secretarias já começaram. Na próxima sexta-feira, Maia Júnior participará de reunião com representantes do segmento turístico e com o titular da Setur, Arialdo Pinho, para esclarecer sobre as possibilidades de extinção da pasta.
Conhecido por um estilo arrojado, Arialdo Pinho conseguiu, ao longo do governo, o apoio do setor, que agora cobra a sua permanência. Há o reconhecimento dos resultados, principalmente com a conquista do hub aéreo, mas a visão das necessidades da gestão no próximo governo fala mais alto.
Discussão 2
ECONOMIA DE PRIVILÉGIOS
No Brasil, um dos problemas da área pública é cultural e vem sendo tratado como a "economia de privilégios". Esse conceito foi abordado pelo professor da Escola Brasileira de Economia e Finanças, Fernando de Holanda, durante o evento PfoR Ceará realizado na semana passada.
No Ceará, esse é um problema grave. A postura liberal de muitos empresários não resiste a qualquer ameaça de cortes de subsídios. Essa "economia de privilégios" é considerada forte no setor público e empresarial, onde ocorre a maior resistência a qualquer tipo de mudança.
Discussão 3
DÍVIDA ATIVA DE R$ 8 BI
A dívida ativa do Estado se aproxima de R$ 8 bilhões. Caso seja somada a dívida do BEC pode chegar a algo próximo a R$ 20 bilhões, mas são devedores contumazes e créditos difíceis de recuper. Diante desta situação, o trabalho da Secretaria da Fazenda ganha uma importância maior para melhorar a arrecadação.
Comércio
NOVA GESTÃO
O novo presidente da CNC, José Roberto Tadros, esteve ontem em Fortaleza, para almoço com empresários. Eleito na mesma chapa de Luiz Gastão, atual vice-presidente administrativo da entidade, Tadros tem a missão de destravar o setor. A ideia é de negociação com o futuro governo para eliminar a burocracia.
REVISÃO DE AVANÇOS
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O PIB avançou 0,8% no terceiro trimestre, segundo os números das Contas Nacionais, em comparação ao segundo trimestre de 2018. Embora não haja nada expressivo no número, a elevação mostra uma pequena melhora, comemorada pelo comércio.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) fez uma revisão das suas expectativas e projeta um resultado um pouco mais elevado (passando de 1,3% para 1,4%). Para 2019, a projeção é de 2,7%.
A agenda mais liberal do próximo governo motiva o setor produtivo, mas o desemprego representa um grande desafio. Enquanto não melhorar a renda da população, os resultados serão difíceis.
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