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O inimigo não mora ao lado...
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

O inimigo não mora ao lado...


No momento em que um país dividido entre ódios e mágoas vai às urnas, é valioso lembrar o que está em jogo no processo eleitoral.

 

Um dos pontos mais relevantes é o próprio processo democrático. Ou seja, a garantia de movimentos divergentes em busca de um bem comum. Por essa razão, os debates devem ser preservados e garantidos sem violência.

 

Outro ponto que não pode ser esquecido: a renda da população em geral. A ampliação de demandas estimula a produção, aumenta o emprego e o consumo das famílias. Movimentos dessa natureza impulsionam as atividades empresariais e geram mais receitas públicas e o financiamento de áreas como saúde, educação, segurança.

 

Em nenhum país do mundo a economia se recuperou apenas com políticas de austeridade. Tanto na crise dos anos 1930 (New Deal) quanto no pós-guerra ou no milagre da Coréia do Sul, houve a necessidade de investimento público e privado para a ampliação dos mercados internos.

 

No Brasil não é diferente, e não haverá crescimento, nem segurança, com a população na miséria. Portanto, o desafio maior é manter o equilíbrio político para derrotar os inimigos reais que ampliam a desigualdade.

 

O jornalista norte-americano Sam Pizzigati, autor do recente livro The Case for a Maximum Wage (algo como "O Caso de um Salário Máximo"), tem lançado alertas sobre esse assunto, destacando os riscos da renda e riqueza mal distribuídas. Detalhe: segundo Pizzigati, em muitos casos, ao longo do planeta, são fortunas acumuladas essencialmente de maneira improdutiva, dentro do conceito chamado de snowball effect (efeito de bola de neve), e atreladas a políticas de financeirização e fluxos liberados de capitais.

 

Diante desse cenário, o inimigo não é o vizinho que pensa diferente.

 

Propostas

 

FUTURO DAS RELAÇÕES BRASIL-ÁFRICA

Enquanto a China avança seus investimentos na África com a realização de grandes empreendimentos, o Brasil ainda patina na falta de visão de uma política de parcerias.

 

Dos 13 candidatos a presidente, apenas cinco mencionaram propostas nesse sentido. São eles: Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (Psol), João Goulart Filho (PPL) e Marina Silva (Rede).

 

No documento "O Futuro das Relações Brasil-África: análise das propostas dos candidatos à presidência da República do Brasil", elaborado pelo Instituto Brasil África, são expostas reflexões sobre a pauta dos candidatos. A conclusão do presidente da entidade, professor João Bosco Monte, é de que é urgente uma agenda comum entre o Brasil e os países do continente africano.

 

RÁDIO

O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas,
de segunda a sexta.

 

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Cultivo da palma 1

 

PROJETO PODE SER ALTERNATIVA PARA PECUÁRIA

Projeto de implantação do cultivo da palma forrageira (cactácea cultivada para a alimentação animal) no Ceará será analisado pelo Banco do Nordeste. A proposta é de ampliação da cultura no estado, a fim de garantir ração para o rebanho bovino, mesmo em períodos de estiagem.

 

Para isso, seria necessário a criação de uma linha de crédito específica para o financiamento da palma junto aos produtores, atraindo incentivos e parcerias com Faec, Sebrae, governo do estado e produtores de laticínios.

 

O custo total de implantação do projeto, em uma área de 20 mil hectares e em um prazo de 10 anos, é de R$ 48 milhões.

 

Cultivo da palma 2

 

INCENTIVOS AOS PRODUTORES

O consultor de agronegócio Francisco Zuza de Oliveira, um entusiasta do projeto, explica que o BNB incentivou, nos anos de 1970, pesquisa e fomento para a cultura do sorgo forrageiro no Nordeste. A consequência é que, atualmente, muitos pecuaristas cultivam o sorgo para a produção de silagem. No Ceará isso também ocorre, com a produção de sorgo por produtores de leite, mas falta a palma para completar a ração.

 

Cultivo da palma 3

 

AUMENTO DE 25% DA PRODUÇÃO LEITEIRA

A produção leiteira, segundo o consultor Zuza de Oliveira, é a atividade que mais cresce no meio rural. Apesar do período de seca, a média de ampliação foi de 3,2%. Nos últimos 12 anos, a produção de leite aumentou 25%, mas é preciso garantir condições de abastecimento de ração para atender as perspectivas do setor

 

O Ceará possui cinco grandes bacias leiteiras e, pelos números do IBGE, 59% dos estabelecimentos rurais possuem bovinos.

 

Italianos

 

LIDERANÇA EM INVESTIMENTOS

A Câmara do Comércio Ítalo-brasileira Nordeste destaca que os italianos lideram no ranking de investidores na economia no Ceará, movimentando US$ 250 milhões no estado. No próximo dia nove, às 8h30 da manhã, a nova gestão da entidade apresentará o cenário visto por esses investidores.

 

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