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Ceará busca novas economias para superar inércia
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Ceará busca novas economias para superar inércia

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O secretário estadual de Planejamento Maia Júnior apresentou sábado, durante o Congresso de Gestão de Pessoas (CearáRH 2018), o que está sendo feito para romper o ciclo de inércia na economia cearense. Mesmo crescendo acima da média nacional, o Estado não consegue romper a sua participação de 2% do PIB.

 

A saída, na avaliação do gestor, passa pela projeção de outras riquezas com potencial para desenvolver novos setores produtivos. O secretário passou a manhã de sábado reunido com o grupo Ceará 2050, que conta com o apoio da Universidade Federal do Ceará (UFC). O projeto encontra-se na sua última fase e pretende apresentar soluções para reduzir as desigualdades regionais.

 

Atualmente, 71% das riquezas do Estado estão na Região Metropolitana de Fortaleza e a constituição de uma nova economia exige pessoas com formação superior. Esse público, infelizmente, tem migrado em busca de melhores perspectivas e salários.

 

A manutenção desses quadros depende de uma nova estrutura financeira no Estado e da melhoria do padrão de renda. Ou seja: uma mudança na base da economia local. O grande desafio no Ceará é que a criação de novas estruturas ocorre de forma muito lenta e há urgência na criação de perspectivas de emprego e renda para a população, principalmente os jovens.

 

O secretário lembrou que foram precisos pelo menos 30 anos para a instalação de um sistema hídrico no Estado e cerca de 18 anos para o Complexo Industrial do Pecém. Hoje existem essas estruturas, uma boa base de universidades, mas ainda não há uma economia para sustentar.

 

As propostas para o Ceará 2050 passam pela formação de um novo mercado de serviços, com uma economia voltada para o mar, energias renováveis e turismo. O grande desafio é que as gerações passam enquanto os desafios demoram a ser superados.

 

|Estado|

 

TRANSIÇÃO DO SETOR PÚBLICO

Há também uma preocupação no governo do Estado sobre o processo de transição no serviço público, em função de uma troca de gerações. Maia Júnior conta que há foco na formação de lideranças, com gratificações para doutores. Quem possui doutorado recebe 60% a mais.


"O futuro pertence à nação que mais bem educa seus cidadãos”
Barack Obama, expresidente dos Estados Unidos

 

Emprego

 

MELHOR AGOSTO

O mês de agosto, segundo Maia Júnior, foi o melhor dos últimos cinco anos quando o assunto é geração de empregos. Um fator decisivo para isso foi o turismo, com a atração de novos voos internacionais. No caso da Air France/KLM, a média de ocupação de 96%.

 

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O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas, de segunda a sexta.

 

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TV
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|Oportunidades iguais|

 

EDUCAÇÃO PARA RICOS E POBRES

O consultor Raimundo Padilha lembra que o ex-governador Virgílio Távora costumava dizer que o Ceará não é o centro do universo, mas há quem ache. Ele considera que é preciso humildade para conhecer outras experiências. "Perdemos feio na corrida do desenvolvimento, da ciência e da tecnologia", acrescenta.

 

Um exemplo interessante é o da Finlândia. A educação finlandesa virou referência no mundo por oferecer oportunidade iguais entre ricos e pobres.

 

|Imposto regressivo|

 

"CHEQUE CESTA BÁSICA"

Para tentar resolver as injustiças do sistema tributário concentrado no consumo de bens e serviços, o governo do Maranhão resolveu implantar uma proposta diferente, chamada de "Cheque Cesta Básica".

 

Elaborada pelo secretário da Fazenda do Maranhão, Marcellus Ribeiro Alves, com os auditores-fiscais Marcelo Lettieri e Marcelo Maciel, a proposta destinará aos mais pobres o dinheiro arrecadado pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de alguns itens da cesta básica.

 

|Indicadores|

 

USO EFICIENTE DE ÁGUA

A segunda fase do estudo sobre indicadores e critérios para o uso da água no setor agropecuário será lançada hoje, às 9 horas, no auditório do Sebrae. O projeto foi financiado pela Adece, executado pelo Centec e expandido para as bacias do Alto Jaguaribe, Banabuiú e Salgado. O evento foi uma iniciativa da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec).

 

O objetivo é tornar o ICMS um imposto menos regressivo, ajudando a reduzir a extrema pobreza.

 

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