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O ensino básico está no radar de grandes investidores que veem o mercado como promissor.

Nesse segmento, o Ceará chama atenção pelo desempenho de suas escolas tanto do ponto de vista de organização quanto dos resultados apresentados.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017 representa um bom exemplo disso. Levantamento feito pelo colégio Farias Brito (FB) põe a escola pelo segundo ano consecutivo na liderança, alcançando o melhor resultado nacional, considerando todas as áreas de conhecimento aplicadas na prova, incluindo a redação. O Ari de Sá aparece em 2º lugar e o Christus em 16º. O estudo comprova que esses três colégios estão entre os 20 melhores do País no ranking extraoficial de desempenho.

A pesquisa do FB foi elaborada com base em microdados divulgados na quarta-feira, 13, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Desde 2016, o órgão não adota mais o ranking por escolas como ferramenta de avaliação de desempenho, por decisão do Ministério da Educação.

Apesar disso, as escolas vão fazendo seus estudos e criando suas próprias classificações.

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MODELO INEP

O colégio Farias Brito informa que o cálculo de proficiência adotado para a realização do ranking é similar ao do Inep quando este listava, em 2015, as instituições. Foram consideradas escolas cujos alunos estão “cursando” ou “concluindo” o Ensino Médio em 2016, ou “cursando e concluinte” do Ensino Médio em 2017, respectivamente. Os estudantes também não podem ter zerado as quatro provas objetivas e a prova de redação.

As escolas ranqueadas também precisam ter pelo menos dez alunos participando do exame. Existe, porém, a ressalva de que a informação sobre a qual instituição de ensino pertence o aluno é feita pelo próprio estudante, durante a inscrição. Podem, portanto, existir estudantes que indicaram instituição diferente da que estão matriculados, impactando no resultado consolidado de cada escola.

Respeitados os critérios, um cálculo aritmético é feito, traçando uma média de desempenho nas provas de linguagem, códigos e suas tecnologias, que inclui língua portuguesa e estrangeira; ciências da natureza, correspondente às matérias de física, química e biologia; ciências humanas, com história, geografia, sociologia e filosofia; e matemática, além da redação.

Segundo o cálculo, o Farias Brito, com a turma Colégio de Aplicação, obteve 756,5 pontos. Já o Ari de Sá, com a sede Mário Mamede, alcançou 747,9 pontos, e com a sede Major Facundo, 729,5, ocupando também o 13º lugar. O colégio Christus aparece em 16º, com 726,1 pontos.

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CÁLCULO SEM A NOTA DE REDAÇÃO

O cálculo que não considera a nota da redação do Enem mostra o Colégio Objetivo, de São Paulo, em primeiro lugar, seguido de Farias Brito e Ari de Sá, respectivamente, conforme Marcelo Pena, diretor de Ensino da Organização Educacional do FB.

Marcelo ressalta o Enem como porta de entrada ao ensino superior. “Tivemos resultados também excepcionais na Universidade Federal do Ceará (UFC), por exemplo. Recebemos com muita alegria esse primeiro lugar para o Ceará. Estamos muito felizes pelo trabalho de excelência da equipe de professores e técnicos, famílias e alunos. É o resultado de uma vida, já que muitos deles são nossos alunos desde a base”, comemora.

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CONDICIONAMENTO PARA PROVAS

Em relação ao processo de ensino, o diretor do FB destacou o cuidado e o aprofundamento, desde a elaboração do material didático e dos simulados até videoaulas e laboratórios voltados para o Enem. Segundo Marcelo Pena, os alunos são treinados ainda para atingir o condicionamento exigido pela prova, que deve ficar ainda mais longa, visto que, em 2018, os alunos ganharão mais meia hora para responder às provas de matemática e ciências da natureza.

“Temos observado que a prova vem sendo mais conteudista, ou seja, cobra do aluno o domínio do conteúdo, em competências e habilidades. Então, a cada ano estamos aprendendo mais sobre a prova e preparando nossos alunos para as mudanças”, finaliza Marcelo.

Em 2017, a principal mudança no exame foi a realização em dois domingos, calendário mantido para 2018. Este ano, a prova será realizada nos dias 4 e 11 de novembro (colaboraram Lucas Braga e Thiago Paiva).

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FUSÕES E AQUISIÇÕES

Os números do Enem e a briga por alunos com os melhores resultados vêm ajudando a formar marcas fortes, consideradas “pérolas” nas negociações com investidores em todo o Brasil, ajudando a movimentar a área de fusões e aquisições. No ano passado, ocorreram 30 fusões e aquisições na área de educação.

A expectativa é de que esse número aumente.

KPMG

ESPERA POR NOVOS NEGÓCIOS

Alguns fundos de investimentos já fazem parte do capital de algumas empresas de educação no Ceará, mas este ano o mercado de fusões e aquisições concretizou negócios em outros setores no Estado. A consultoria KPMG apresentou um relatório no primeiro trimestre de 2018, com pesquisa em 43 setores da economia.

Embora no Ceará o número de negócios tenha dobrado em relação aos três primeiros meses de 2017, apenas duas operações foram fechadas. Uma delas no setor de óleo e gás, e a outra na área hospitalar e de laboratório de análises clínicas.

Das duas operações realizadas este ano, uma ocorreu entre empresas brasileiras e a outra com uma companhia estrangeira.

Nosso progresso tem a proporção do nosso propósito”

MARCO AURÉLIO

(121 d.C – 180 d.C), imperador romano