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Tensão no dólar e no nada
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Tensão no dólar e no nada


A tensão no câmbio do dólar ocorrida esta semana e os aumentos refletidos nos índices de inflação dão uma mostra do que poderá vir nos próximos meses. A mistura de projeções de cenários futuros, somada a questões reais, dará peso à gangorra da economia nos próximos meses.


O Brasil passou por isso em outros períodos eleitorais: sofreu com a quebra de mercados internacionais e sobreviveu a ataques especulativos. O dólar, por exemplo, superou a barreira de R$ 4,19, em 2002, quando o ex-presidente Lula foi eleito. Na época, a inflação girava em torno de 7,77% e a taxa Selic era de 18,50%. A diferença era de que havia esperança para pelo menos parte da população.


Com um governo desacreditado que luta para se manter até o fim, o presidente Michel Temer terá de usar todas as suas armas para controlar as pressões internas e externas. O Banco Central deu ontem mostras de que não poupará esforços, mas isso também pode sair caro. O Brasil possui recursos para atenuar o impacto dos fluxos especulativos. O País possui US$ 380 bilhões em divisas externas. Esse valor representa aproximadamente 20% do PIB. Em 2002, as reservas representavam algo em torno de US$ 40 bilhões.


O grande problema atual não está nas reservas financeiras, mas na falta de um projeto de nação em um cenário eleitoral incerto. Em 2002, conforme destacou o cientista político André Singer, no livro “Lulismo em Crise”, na época, havia “um sonho rooseveltiano”; agora, o que se percebe é apenas o amargor da falta de uma visão de futuro para o País. Esse é o pior cenário: o nada, a desesperança.


Ou seja: o problema não é o dólar, e a inflação é apenas uma consequência.


SEGURO DPVAT


378 MIL INDENIZAÇÕES NO CEARÁ


A Seguradora Líder, responsável pela gestão do Seguro DPVAT, apresentou o balanço dos resultados nos últimos 10 anos. No Ceará, por exemplo, foram pagas 378.389 indenizações entre 2008 a 2017.


Chamam atenção os dados sobre invalidez permanente, que somam um número superior a 318 mil pagamentos. No caso das mortes, 23.051 pessoas receberam indenização. Mais de 4,5 milhões de pagamentos foram efetuados em 10 anos, em todo o território nacional.


O Nordeste mostra bem o resultado dessa catástrofe no trânsito, apresentando aumento mais considerável em indenizações, com crescimento de 158%. Mesmo com o crescimento da frota na região (126% em 10 anos), o número reflete bem a violência.


No primeiro trimestre deste ano, a situação não foi diferente: 10.938 pessoas indenizadas por acidentes de trânsito no Ceará, um custo altíssimo pago com a vida de muita gente.


PROPOSTAS


CADASTRO DE PROJETOS TURÍSTICOS


O Ceará possui 12 regiões e 72 municípios enquadrados no Mapa do Turismo Brasileiro, que já podem pleitear apoio do Ministério do Turismo para a elaboração de planos de desenvolvimento na área. Os projetos devem ser inscritos no Portal de Convênios do Governo Federal (SICONV) até o dia 4 de julho para cadastramento de propostas, que vão dispor de um total de até R$ 1,7 milhão por meio de convênios com recursos de programação da pasta.


COMPLEXIDADE


EMBARQUE DE PÁS EÓLICAS


O Ceará vem desenvolvendo tecnologia para o embarque de pás eólicas e ganhando o reconhecimento internacional devido à alta complexidade dos procedimentos. Nas últimas semanas foi realizada uma operação de embarque de 66 pás eólicas em dois navios, no Porto do Pecém, que faz parte de um pacote de exportação.


Inicialmente, o embarque era previsto para ocorrer em 48 horas por navio, mas foi realizado na metade do tempo, com o atendimento de todos os itens de segurança. A companhia Tecer Terminais Portuários, responsável pelo trabalho, informa que passou por auditoria internacional e o processo foi elogiado. Entre os dias 15 e 23 de maio, processo semelhante ocorreu no Pecém, com aproximadamente 700 pás eólicas.


PLANOS DE SAÚDE


AUMENTO DO NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS


O Ceará foi o estado do Nordeste com maior adesão a planos de saúde, segundo os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Foram registrados 1,2 milhão de beneficiários em planos médico-hospitalares no mês de abril, o que representa um total de 31 mil usuários a mais do que em abril de 2017.


Também houve melhora do resultado na área odontológica: 898,7 mil beneficiários (acréscimo de 105 mil usuários em relação a abril de 2017).


Não é sempre indo de mal que se cai na revolução. Acontece na maioria das vezes, que um povo suportara sem se queixar, e como se não as sentisse, as leis mais opressivas, rejeite-as violentamente assim que seu peso diminui”

ALEXIS DE TOCQUEVILLE

(1805-1859), político francês


RÁDIO


O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas, de segunda a sexta.


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