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Com dólar alto, importadores colocam pé no freio
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Com dólar alto, importadores colocam pé no freio


O aumento do dólar esta semana assustou muita gente. No caso dos importadores, a grande pergunta que se repetiu foi: qual é o ponto de equilíbrio da moeda norte-americana?


O especialista em comércio internacional e sócio do Grupo Ghia e da Proimporte, Paulo Elias, acredita que um câmbio do dólar entre R$ 3,15 e R$ 3,30 permitiria ganhos para importadores e exportadores.


Mas não é isso que vem acontecendo e o dólar chegou a ser vendido até a R$ 3,90 em algumas corretoras.


Com os recentes aumentos, muita gente tem esperado para buscar suas mercadorias nos portos para não pagar o imposto com valor mais alto, mesmo isso gerando um custo de armazenagem. No caso das importações, os impostos são recolhidos na hora em que se recebe a mercadoria.


O cenário de indefinições também fez com que muita gente colocasse o pé no freio. Embora o valor do dólar reflita toda uma questão internacional, o ano de eleição atrapalha. Paulo Elias acredita que, nesse período, a moeda deve oscilar em torno de R$ 3,80 – um valor que acabará chegando ao consumidor, na composição do custo dos produtos.


Exportações


MELHOR MOMENTO PARA AS EMPRESAS


Se, para os importadores, o movimento é de cautela, para os exportadores esse é considerado o melhor momento. Paulo Elias conta que muitas empresas cearenses podem aproveitar a oportunidade e se inserir no mercado internacional.


A recomendação é a seguinte: começar a melhorar a formação de preço e a embalagem, e se preparar para um cenário de venda mais amplo.


Desenvolvimento disruptivo 1


COMO FICA O SETOR PÚBLICO?


Qual o impacto da tecnologia sobre a atuação estatal? Essa é uma pergunta para a qual ninguém arrisca uma resposta fechada, embora não tenha como isso fugir das discussões. Ontem, o Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE) convidou o professor da Universidade Federal de Pernambuco e pós-doutor pela Universidade de Harvard, Marcos Antônio Rios da Nóbrega, para falar sobre o assunto.


Marcos Antônio, que está lançando por meio digital o livro “Desenvolvimento Disruptivo”, conversou com a coluna e destacou alguns desafios que a revolução tecnológica nos impõe. O primeiro é a quebra da privacidade, impactando nos controles e no serviço público.


Na sua avaliação, há uma agenda de discussão muito centrada na privacidade, mas existem possibilidades de utilizar isso de uma forma positiva para melhorar os controles.


“No Brasil, o problema é que ainda estamos no século 19. Temos ferramentas úteis para dar informações ao cidadão, que podem ser utilizadas a nosso favor. Estamos atrasados e podemos ficar mais atrasados”, acrescenta.


Desenvolvimento disruptivo 2


MELHORA DO PADRÃO DE INFORMAÇÃO


O serviço público brasileiro, principalmente diante das denúncias de corrupção, fica mais atento aos controles e aos processos burocráticos. Para isso, são criadas mais legalidades.


Na avaliação do professor Marcos Antônio, diante dessa situação e das mudanças, são necessárias tanto melhorias no padrão de informações quanto o incentivo à criação de sistemas.


Acomac


MERCADO CERÂMICO


Marcas como Cerbras e Fragnani participam do Encontro Acomac (Associação dos Comerciantes de Material de Construção), a ser realizado no Hotel Vila Galé Cumbuco.


A Cerbras, que é uma marca local, investiu em ações de massoterapeuta e distribuição de brindes. Já o grupo Fragnani, de São Paulo, aproveitou para analisar a possibilidade de implantação de uma fábrica de porcelanato no Ceará.


Discussão


REFORMA TRIBUTÁRIA SOLIDÁRIA


A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) e a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) defendem uma reforma tributária centrada não apenas na simplificação do sistema de tributos, mas que seja capaz de cumprir os objetivos sociais previstos na Constituição. Na próxima terça-feira, haverá o seminário “Reforma Tributária Solidária: menos desigualdade, mais Brasil”, que abre essa discussão. O evento acontece das 8h às 12h, no auditório da Secretaria da Fazenda do Ceará.


O comércio do mundo é conduzido pelos fortes e usualmente opera contra os fracos”

Henry Beecher

(1813-1887), escritor norte-americano


Rádio


O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas, de segunda a sexta.


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