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Economia no pico da tensão política
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Economia no pico da tensão política


A política brasileira chegou ao seu ápice de tensão. Envenenada por ódios e intolerância, assistimos todas as instâncias de poder sendo questionadas e desautorizadas pelas suas fragilidades.


A votação do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a posterior espera pela sua prisão revelaram, mais uma vez, movimentos extremistas que, em vários momentos, assustam o cidadão comum e o investidor.


Diante de um cenário como esse, com uma recessão considerada peculiar pela sua profundidade e perspectiva de demora para recuperação, todos tentam sobreviver. No caso dos trabalhadores, assistimos ao movimento de ampliação do mercado informal. Já para os investidores, há uma tentativa de proteção do dinheiro e de ganhos que o mercado oferece.


A divisão do País não ocorre apenas pela prisão de um personagem mitológico da política brasileira, como é o caso de Lula, mas por pensamentos divergentes entre as estratégias de custeio do bem-estar social e de redução do tamanho do Estado.


Essa briga não é nova: é cíclica, e alimentada pelas oportunidades que surgem em um país com dimensões continentais, mas que não consegue perceber o tamanho de suas riquezas.


A diferença entre a visão dos investidores internos e externos é notória nesses momentos. No mercado de capitais, por exemplo, fala-se que, quando houve o ensaio de um “Temergate”, com a denúncia do empresário Joesley Batista, da JBS, os investidores brasileiros ficaram paralisados. Enquanto isso, para os estrangeiros, foi quase uma “black friday” das ações das empresas nacionais.


Infelizmente, isso também é Brasil. Os credos políticos tiram uma visão mais longa e mais larga de construção de realidade.


APLICAÇÕES


RENTABILIDADE APIMENTADA PELOS RISCOS


Ontem, durante evento promovido pela StartAAi, empresa ligada à XP (companhia de investimentos), o diretor financeiro da Apimec Nacional, Marco Saravalle, falou para investidores locais sobre como a política pode influenciar os investimentos este ano.


Na visão de Saravalle não existe mágica: a recuperação será lenta, principalmente no mercado de trabalho, independente de quem esteja no poder. As empresas demitiram e resolveram aplicar processos mais enxutos de produção. Com isso, muitos empregos simplesmente desapareceram.


Em compensação, quem ganhava com uma Selic em torno de 10%, terá que se contentar com patamares de 6% e correr mais riscos para conseguir uma rentabilidade maior.


ALVARÁS 1


ENTIDADES QUEREM REVOGAÇÃO DA LEI

 

Representantes dos principais sindicatos e federações do setor produtivo resolveram se aliar para pedir ao prefeito Roberto Cláudio a revogação das novas taxas dos alvarás e a obrigatoriedade das renovações anuais do documento.


Ontem, o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE), professor Airton Oliveira, informou que houve uma reunião na última terça-feira com lideranças de todas as entidades. A posição, segundo ele, é unânime: todos são contra a atualização de valores das taxas, que chegam a R$ 30 mil, tornando a situação difícil para o comércio e os prestadores de serviços.


No caso das escolas, ele ressaltou que o tamanho da área dos empreendimentos nem sempre é proporcional ao faturamento e que os aumentos podem gerar demissão e fechamento de instituições.


ALVARÁS 2


AÇÃO NA JUSTIÇA


O setor de bares e restaurantes já anunciou que está entrando com ação na justiça contra o aumento das taxas de alvarás. O presidente do Sindicato de Restaurantes, Bares, Barracas de Praia, Buffet’s e Similares do Estado, Moraes Neto, teme que a solicitação das entidades não seja acatada em função do ano eleitoral, que proíbe o município de abrir mão de receita.


ALVARÁS 3


NEGOCIAÇÃO COM O COMÉRCIO


As articulações do comércio para negociar a derrubada do novo Código Tributário continuam intensas. O presidente da CDL de Fortaleza, Assis Cavalcante, recebeu ontem o prefeito interino de Fortaleza e presidente da Câmara Municipal, Salmito Filho, e os secretários Ferruccio Feitosa (Regional II) e Reinaldo Salmito (Coordenadoria Especial de Programas Integrados), para discutirem o assunto.


J. MACÊDO


FECHAMENTO DE CAPITAL


O Grupo J.Macêdo anunciou ontem que pedirá à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o cancelamento do registro de companhia aberta. A empresa avaliou que o registro só gerava custos e que não pretendia abrir o capital a curto prazo, nem fazer nova captação de recursos.


Vale salientar que o grupo encerrou 2017 com lucro líquido de R$ 29,3 milhões.


AECIPP


NOVO CICLO DE PALESTRAS


A Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp) fará um novo ciclo de palestras. A programação começa com a apresentação do consultor Carlos Eduardo Bandeira Araújo, que abordará o tema “Gestão Estratégica – Fator Decisivo Para o Crescimento das Empresas”. O evento será realizado terça-feira, a partir das 9 horas, no auditório do IFCE – Campus Avançado do Pecém.


A taxa de juros não é o preço que equilibra a demanda de recursos para investir e a propensão de abster-se do consumo imediato. É o preço mediante o qual o desejo de manter a riqueza em forma líquida se concilia com a quantidade de moeda disponível”

JOHN MAYNARD KEYNES

(1883-1946), economista britânico


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