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Quando os juros menores incentivarão o comércio?
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Quando os juros menores incentivarão o comércio?


O mercado já vinha antecipando e não foi surpresa a redução da taxa Selic em 0,25 ponto percentual, passando para 6,75% ao ano.

 

O fato é positivo, ajuda a equilibrar as contas do governo e a direcionar mais recursos para as atividades produtivas, mas só terá efeito mais significativo quando alcançar os percentuais de juros oferecidos para quem precisa de empréstimos ou de financiamento para suas compras.

 

Ontem, o presidente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roque Pellizzaro Junior, aproveitou a divulgação da redução das taxas de juros pelo Banco Central para cobrar uma política que ajude o comércio. Ou seja: confrontar os bancos e resolver o problema do custo efetivo do crédito.

 

O fato é que as famílias não consomem mais porque não podem. Mesmo com todos os esforços em liquidações e promoções, a década de incentivo ao varejo (como 2001-2010, por exemplo) faz parte do passado, ao menos por enquanto.

 

O comércio teme uma parada na continuidade da redução dos juros em função dos solavancos de um ano eleitoral. Portanto, a briga agora é para que a redução das taxas seja efetivada pelos bancos para quem consome.

INFORMAÇÃO X RISCO 1

 

GANHOS FINANCEIROS DOS INVESTIDORES

Os investidores que acompanharam de perto as aplicações realizadas através de CDI e CDB, com carteiras montadas nos últimos dois ou três anos, e que acreditaram na redução dos juros, continuam sorrindo com os ganhos financeiros.

 

A especialista da StartAAi, Louise Porto Freire, empresa credenciada pela XP Investimentos, explica que algumas aplicações de longo prazo mantiveram as bonificações, mesmo com a queda dos juros.

 

Com a taxa Selic em baixa, essa estratégia ficará mais difícil. Para obter ganhos financeiros maiores, será preciso correr mais riscos com aplicações no mercado de bolsa.

INFORMAÇÃO X RISCO 2

 

ACOMPANHAMENTO DAS APLICAÇÕES

Ontem, em evento promovido pela StartAAi, foi apresentado painel sobre as possibilidades de risco, retorno e bonificações.

 

Louise Porto Freire destaca que o momento revela a necessidade de uma nova aprendizagem e exige a diversificação das aplicações e o acompanhamento de onde está sendo colocado o dinheiro. A aposta é em fluxo de maiores compras de ativos em bolsa.

INFORMAÇÃO X RISCO 3

 

PREVIDÊNCIA E PORTABILIDADE

Os fundos de previdência também precisam de um acompanhamento de sua rentabilidade. Muita gente tem feito contratos para garantir sua aposentadoria, mas não sabe qual a média de remuneração alcançada, nem a taxa de administração cobrada pelo banco.

 

Com a queda dos juros, os administradores dessas carteiras terão de buscar melhores formas de remuneração, e os desempenhos são variáveis. Com a portabilidade, caso o retorno da previdência não esteja sendo alcançado, é possível a troca do fundo sem o resgate do dinheiro, nem o pagamento de imposto.

FIEC

 

IMBRÓGLIO E PROJEÇÃO

Em algumas rodas de conversas de empresários e executivos, o comentário é de uma melhora na imagem do secretário do Turismo da Prefeitura, Alexandre Pereira, depois da confusão no ano passado sobre a redução do mandato da presidência da Fiec.

 

A informação dada à época era de uma provável saída de Beto Studart sem passagem de bastão para Alexandre Pereira, que à época já era vice-presidente. Nada do que foi falado ocorreu, mas Alexandre conseguiu ser mais visto nas duas instituições.

CARNAVAL

 

OCUPAÇÃO DE 93,36%

As projeções da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-CE) para o Carnaval continuam melhorando. Ontem, a estimativa era de uma ocupação de 93,36% - a anterior era de 87,95%.

TANCAGEM

 

E A GASOLINA?

As discussões sobre o processo de transferência da tancagem do Porto do Mucuripe para o Pecém continuam paradas e, como pode demorar a negociação com Roterdã, teme-se que o projeto cozinhe mais em banho-maria.

 

A presidente da Comissão de Direito Portuário da OAB-CE, Rachel Philomeno, defende a negociação para um período de transição: enquanto não houver transferência, que seja utilizado o Porto do Mucuripe.

 

Ela reforça a gravidade da situação. “Atualmente, não há estoque de combustível na cidade para mais de dois dias. Queremos unir forças para resolver o problema”, acrescenta.

“Para trabalhar e produzir, é preciso haver integração do trabalho à sua vida, ou a integração da sua vida ao seu trabalho”

LOUISE BOURGEOIS

(1911-2010), escultora francesa

RÁDIO

O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5) a partir das 14 horas. Destaque para o quadro “Atacado e Varejo”, com o jornalista Eliomar de Lima.

 

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TV

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