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BNB quer emprestar R$ 30 bilhões

2018-03-04 00:00:00
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O presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Romildo Rolim, tem pressa. Quer chegar ao fim da atual gestão (uma nova depende do futuro presidente eleito) com R$ 30 bilhões aplicados. Parece muito. E é. Mas ele acredita e fez do primeiro Encontro de Administradores do Banco, comandado por ele, um momento de exortação do time. Algo como cerca de 600 participantes - nisto incluídos todos os gerentes gerais de agência dos nove estados do Nordeste e mais Minas Gerais e Espírito Santo. Eles se reuniram no Vila Galé de Guarajuba, no litoral baiano. Romildo é cearense e foi anunciado presidente no fim de dezembro, após ter sido diretor financeiro e de crédito na Diretoria anterior. Após o evento, ele conversou com a Coluna. 


JOCÉLIO LEAL – Qual a sua avaliação deste começo de ano e de gestão?
 

ROMILDO ROLIM - Nós estamos vendo 2018 como um ano bastante promissor. Pela confiança dos clientes, dos investidores que já procuram o Banco com maior regularidade. A assertividade de fazer o investimento já neste ano já é sentida. Não agora, apenas de 2018. Já vínhamos percebendo isso desde setembro ou outubro do ano passado. Por outro lado, temos uma grande novidade no processo e no negócio do Banco que são as novas taxas dos fundos constitucionais. No fim do ano foi publicada a Medida Provisória com estas novas taxas do FNE. Mas ainda melhor do que a taxa em si é a metodologia de cálculo. Isto garante que o Nordeste, na comparação com o País, tenha taxas bem mais competitivas e menores do que aquelas do mercado nacional. Portanto, assim, ano promissor, economia crescendo – a gente está vendo isso – o investidor acreditando e nós com melhores condições de taxas.


JL – O Banco está com tempo curto para cumprir a meta de R$ 30 bilhões. O que isto muda na estratégia?
 

ROMILDO – Começamos o ano a partir de 2 de janeiro e dissemos aos gestores do Banco que o ano já estava começando naquele dia. São R$ 30 bilhões. Nosso desafio, que é o tema deste encontro aqui, é fazer com que nós apliquemos mesmo todo este recurso neste ano. Desde o mini produtor rural até a grande empresa. Fazendo com que todos os segmentos sejam atendidos, gerando emprego e renda, inclusão financeira, melhorar a competitividade da indústria no Nordeste. Fazer com que a gente cumpra nosso papel de desenvolvimento. E aí já começamos. Ganhando tempo, herdamos também do terceiro trimestre do ano passado uma boa demanda, que já vínhamos tratando. Portanto, começamos 2018 já na frente. E, se Deus quiser, vamos fazer todo este orçamento até o fim do ano.
 

JL – As taxas de juros no Brasil estão em queda. No entanto, o dinheiro dos bancos está caro. Até onde um banco púbico como o BNB pode ir, puxando para baixo esta taxa?
 

ROMILDO - Nós temos duas linhas de financiamento. Temos nosso principal funding, que é o nosso principal negócio, o crédito produtivo de longo prazo, que é o FNE. Esta taxa já é barata, bem mais atrativa do que as taxas de juros utilizadas. Mas também temos uma linha de crédito complementar, com recursos próprios do Banco. Financiamos capital de giro para as empresas. E aí é aquela do cadastro positivo. É uma realidade legal do País, mas nós podemos ver quais os clientes que a gente já conhece o pagamento, a experiência creditícia no Banco. Fazer com que cobremos spreads menores porque, realmente, o que faz crédito é idoneidade, caráter, é experiência de pagamento. Se já temos uma grande quantidade de clientes e sabemos que são bons pagadores e têm uma nota de risco boa, podemos fazer redução dos spreads.


JL - É possível dizer de que tamanho?
 

ROMILDO – Não, não temos assim um número de redução, não. O Banco tem autonomia para isso. Com recursos próprio tem. A precificação dos produtos para capital de giro com recursos do Banco é feita a partir da inadimplência, do spread, do custo de captação. O custo de captação é a Selic. E aí depende do prazo, na nota de risco.
 

JL – O que tem de novidade na prateleira do BNB?
 

ROMILDO - O que nós temos em termos de novidade e que não há no mercado nada mais competitivo é um produto chamado capital de giro insumos. Nós colocamos recursos internos e uma parcela de recursos do FNE no funding. Temos assim um custo de captação bem mais barato com o FNE.
 

JL – O que o BNB reviu na estratégia com os gerentes?
 

ROMILDO – Uma das principais estratégias que também leva a celeridade ao processo de crédito e a questão da abertura dos canais digitais. Neste ano vamos intensificar o atendimento do cliente via canais. Abertura de contas, apresentação de propostas, renegociação de dívidas. Isto já vai ser realidade no Banco a partir de abril. Isto fará com que sobretudo micros e pequenas empresas terão mais rapidez. Assim, liberamos mais colegas nas centrais para trabalhar clientes de maior porte. 

 

GESTÃO
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Meia sola com novo pisante
 

O grupo Meia Sola bota os pés em 2018 com nova governança. A empresa contratou o executivo Rodrigo Castelo Branco para assumir a cadeira de CFO da rede. Rodrigo diz que a meta é continuar a crescer organicamente via abertura de novas lojas. Afora a mudança, a Meia Sola segue o programa PAEX da Fundação Dom Cabral, que mira na implantação de modelos de gestão em empresas médias. A companhia possui lojas próprias multimarcas e se consolidou como maior franqueada nacional do Grupo Arezzo&Co. É a única a possuir as seis marcas da corporação liderada por Alexandre Birman.   

 

HORIZONTAIS

MERCADO IMOBILIÁRIO
– Ladislau Nogueira, diretor da Reali, é o convidado desta segunda-feira do programa Mercado Imobiliário, na rádio O POVO-CBN, às 3 da tarde.

RIOMAR E AS MULHERES - A 4ª edição do Prêmio RioMar Mulher vai homenagear Glória Marinho (Trabalho Social), Zelma Madeira (Justiça e Cidadania), Lisiane Paiva (Medicina e Saúde), Ada Pimentel (Educação), Ana Márcia Diógenes (Comunicação), Ethel Whitehurst (Moda), entre outras. Será dia 14, às 19 horas, no Teatro RioMar Fortaleza, no Papicu. O presidente do Grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, e sua esposa, Auxiliadora, farão a entrega.  

 

 

Jocélio leal

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