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Os 18 minutos que tiraram o Brasil da Copa

2018-07-07 01:30:00

 

Quando sofreu o primeiro gol da Bélgica, aos 13 minutos do primeiro tempo, a seleção brasileira já tinha criado duas boas oportunidades para abrir o placar, inclusive acertando uma bola na trave. Não o fez e o que se viu depois de ficar em desvantagem foi uma falta de controle mental evidente. Até os 31 minutos, quando De Bruyne anotou o 2 a 0 com um golaço de fora da área, o domínio tático e técnico belga foi gritante, tanto que os comandados do técnico Roberto Martinez criaram chances claras em quatro contra-ataques de excelência exatamente da mesma forma, aproveitando a inexplicável pane brasileira, especialmente porque a partida ainda estava no começo.


DUELO TÁTICO

Atuando com uma linha de quatro zagueiros quando defendia, em um comum 4-5-1, e avançando no 3-4-3 quando atacava, a Bélgica fez uma ótima partida, mas ainda assim deu espaços para o Brasil, que finalizou 26 vezes, com pelo menos dez levando muito perigo. Não foi, no geral, uma má partida da equipe de Tite, mas o descontrole inexplicável em 18 minutos comprometeu a classificação para a semifinal, assim como os erros individuais de Fernandinho e da defesa nos dois gols, o mau desempenho de Fagner e Gabriel Jesus. Além das chances claras perdidas na segunda etapa por Renato Augusto, Neymar e Philippe Coutinho.

MÉRITO

A Bélgica em um ótimo elenco, com atletas que atuam nos melhores clubes do mundo. Conseguiu um resultado histórico e justo, fruto de um trabalho talentoso iniciado pelo espanhol Martinez em 2016, um treinador jovem - tem hoje 44 anos - com experiência de cerca de 20 anos como jogador e técnico no futebol inglês. Sua missão era reverter talento em campanhas convincentes comandando uma seleção com pouca tradição em grande competições. Chegar em uma semifinal de Copa do Mundo é um feito gigante.

INDIVIDUALIDADES

O futebol tem muitas variáveis. Tentar explicar uma partida apenas por aspectos táticos e números é injusto. As atuações individuais de Hazard, De Bruyne e Lukaku (taticamente) serão sempre lembradas, além do monstro que foi o goleiro Thibaut Courtois. Aos 26 anos, fez partida épica.

 

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