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Neymar e o desempenho que importa

2018-06-21 01:30:00

Corte de cabelo, patrimônio, vaidade, diálogos com a namorada atriz, postagens nas redes sociais, eventos de publicidade, comportamento do pai, da irmã, da mãe, carros, lanchas ou seja lá o que for. Nada deveria entrar na análise do desempenho de Neymar na Copa do Mundo. Não dá para negar que ele próprio colabora, sempre fazendo questão de chamar atenção por motivos esquisitos, mas as análises deveriam estar mais concentradas nas quatro linhas e foi justamente ali que o atacante não foi bem na estreia do Brasil contra a Suíça, no domingo. Egoísta, desatento, forçando o contato para receber mais faltas e mal nas finalizações, Neymar tem muito mais a mostrar tecnicamente. O Brasil depende bastante dele — é craque, não dá para colocar em dúvida — e nem digo contra a frágil Costa Rica, amanhã, mas para o restante da Copa, que vai ficando cada vez mais complicada, como as partidas têm mostrado diariamente.


DEU PENA


Futebol e justiça são instituições que muitas vezes não combinam. A seleção do Marrocos, que estava distante faz 20 anos de Copas do Mundo, já teve a tremenda falta de sorte de cair em um grupo com Espanha e Portugal na Rússia. Para completar, jogou bem melhor do que o Irã na primeira rodada e perdeu por 1 a 0, gol contra nos acréscimos. Ontem, atuou melhor de novo, desta vez contra Portugal, e voltou a ser derrotada por causa de mais um gol marcado por Cristiano Ronaldo, o craque da Copa até agora. A seleção africana, ainda que de cabeça erguida, está eliminada do Mundial. Assim é o futebol.

 

CLASSIFICADOS


Rússia e Uruguai estão nas oitavas de final da Copa. Fizeram seis pontos vencendo Egito e Arábia Saudita — agora eliminados — e se enfrentam na próxima rodada do Grupo A, dia 25 de junho, para decidir quem ficará em 1º ou 2º. No chaveamento vão encontrar os times do grupo B. Assim, devem ter Espanha ou Portugal pelo caminho. Independente dos confrontos, dois jogos que certamente terão contornos eliminatórios dramáticos.

 

MÉDIA BAIXA


Dos 20 jogos realizados na Rússia, quase um terço dos 64 previstos, nove terminaram 1 a 0. A média de gols da Copa está baixa: 2,25 por partida, o que seria a segunda pior da história.

Fernando Graziani

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