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Classificação sem drama e com autoridade

2018-06-28 01:30:00

Com exceção de um período de 10 minutos no começo do segundo tempo em Moscou, quando já vencia por 1 a 0 e foi pressionado, o Brasil atuou com autoridade e segurança contra a Sérvia. Foi a melhor partida do elenco de Tite na Copa, mostrando evolução relevante em relação aos erros cometidos diante de Suíça e Costa Rica. Agora, o México, que jamais fez gol no Brasil nos quatro encontros entre eles em Copas do Mundo.

 

EVOLUÇÃO


Nenhum time levanta a taça jogando seu melhor desde o primeiro minuto do primeiro jogo. Evoluir é condição fundamental e o Brasil tem tal mérito até agora. Não é possível esperar um futebol encantador, até porque a equipe não é preparada para tal. Tite é partidário do futebol pragmático, com sistema defensivo forte, atacantes e meio-campistas sempre ajudando na recomposição. A magia do improviso, ou da transgressão no terço final do gramado, está nos pés de Neymar e Coutinho. Na Copa, mais com o jogador do Barcelona, que tem brilhado. Ontem não balançou as redes, mas abriu caminho para a vitória com uma assistência espetacular para o gol de Paulinho, o primeiro da partida..

 

INVERSÃO


Quando deu o passe decisivo, Coutinho estava muito mais recuado do que de costume e achou Paulinho como um centroavante. Uma troca de posição perfeita, muito treinada e fundamental para quebrar a linha defensiva da Sérvia, que marcava bem até aquele momento.

 

PREOCUPAÇÕES


Como nem tudo são flores, é preciso usar os 10 minutos de domínio da Sérvia como mais uma lição para evoluir. Ali, o adversário criou quatro chances boas para empatar. Faltou equilíbrio na marcação, especialmente no lado direito da defesa brasileira. Fagner ficou sozinho e os volantes não conseguiram fazer um cerco suficiente para conter o ímpeto sérvio. Thiago Silva e Miranda acabaram por salvar lances perigosos e mais uma vez mostraram o talento da zaga brasileira.

 

CRÍTICAS OUVIDAS


Além da vitória do Brasil ter passado longe do drama, Neymar também deixou de lado seu comportamento sem noção dos jogos iniciais. Perdeu chances, ainda não foi o craque que é, mas não reclamou, não se jogou e foi solidário. Também evoluiu.

 

Fernando Graziani

fernandograziani@opovo.com.br

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