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Diferença é a maior desde a primeira eleição de Lula
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Diferença é a maior desde a primeira eleição de Lula

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A campanha não está perdida para Fernando Haddad (PT), mas o quadro apresentado pelo Datafolha é muito, muito difícil mesmo. Desde a primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um candidato não larga com vantagem tão grande no Datafolha. Ao longo de toda uma campanha, vantagem como essa foi vista pela última vez nas últimas pesquisas da reeleição de Lula, em 2006.

 

Em 2014, Dilma Rousseff (PT) começou o segundo turno dois pontos abaixo de Aécio Neves (PSDB) - 51% x 49%. Em todo o segundo turno da eleição passada, a maior diferença foi de seis pontos (53% a 47% para Dilma). Em 2010, ela começou com frente de oito pontos sobre José Serra (PSDB), com 54% a 46%. Abriu pico de 12: 56% x 44%.

 

Em 2006, o primeiro Datafolha mostrou Lula com 54% contra 46% de Geraldo Alckmin (PSDB). Vantagem menor que a atual. Mas, ao final da disputa, ele teve 61% a 39%. Foi a última vez que o instituto apresentou vantagem no segundo turno superior à atual. Em 2002, foi a última vez em que um candidato largou com diferença maior que a atual. Lula tinha 64% contra 36% de Serra.

 

O que não significa que Haddad já perdeu. São 16 pontos percentuais de diferença. Porém, quando se considera votos válidos entre dois candidatos, cada ponto de crescimento de um lado é um ponto de queda de outro. Então, 16 pontos são na verdade oito. É muito, mas não inalcançável.

 

Mesmo assim, a eventual vitória de Haddad não deixa de ser algo que nunca aconteceu na história. A batalha é inglória.

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A criminosa fala do delegado

Uma mulher de 19 anos teve desenho da suástica nazista marcado em sua pele com canivete. Ela estava com camisa do movimento #EleNão, contra Jair Bolsonaro, quando foi atacada por três criminosos.

 

O delegado Paulo Jardim, responsável pelo caso, disse que o desenho não é de uma suástica. "É um símbolo budista, de harmonia, de amor, de paz e de fraternidade. Se tu fores pesquisar no Google, tu vais ver que existe um símbolo budista ali".

 

Não, não existe. O delegado é o ignorante e fez a pesquisa errada. O Manji, a "suástica budista", não tem a inclinação de 45º. A inclinação da suástica nazista está presente na marca feita a canivete na jovem.

 

É grave demais que o delegado minimize e até deboche - "É um símbolo budista, de harmonia, de amor, de paz e de fraternidade" - com um caso de lesão corporal. E ainda mais que seja conivente com apologia ao nazismo, que é crime. Não só crime, como é inaceitável qualquer coisa que cheire a nazismo, a fascismo. É algo que não pode ser tolerado e precisa ser combatido com energia.

 

No mínimo, a intenção de apologia mereceria investigação um pouco mais séria que uma pesquisa no Google.

 

Caso dos alvarás expõe estremecimento entre Salmito e RC

O presidente da Câmara Municipal, Salmito Filho (PDT), fez ontem sua mais dura manifestação pública contra o prefeito Roberto Cláudio (PDT). Ele disse que o "núcleo de governo", o "grupo político", "induziu o prefeito e os vereadores ao erro".

 

Salmito não responsabiliza o prefeito diretamente, mas culpa o coração da gestão Roberto Cláudio. Mais que o prefeito, ele bate na administração que ele comanda.

 

Neste pós-eleição, é estranho o clima entre o prefeito e o presidente da Câmara eleito deputado estadual.

 

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