Repórter especial e cronista do O POVO. Vencedor de mais de 40 prêmios de jornalismo, entre eles Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Embratel, Vladimir Herzog e seis prêmios Esso. É também autor de teatro e de literatura infantil, com mais de dez publicações.
De 2013 para cá, quando as "facções criminosas" passaram a territorializar de maneira violenta comunidades em bairros de Fortaleza, foi decretada a Lei do Silêncio. Para não serem executados, desaparecerem ou terem a casa tomada, moradores passaram a ter de fazer de conta que não dividiam o cotidiano na favela com o traficantes e assassinos armados a qualquer hora.
Foram obrigadas a seguir regras determinadas pelo "crime". Ficar calado virou uma questão de sobrevivência já que o Estado não garantia a segurança. A Lei da Recompensa propõe, de um dia para o outro, que se quebre o silêncio com a paga de prêmio pela delação. Não haveria aí um equívoco e uma inversão de papéis? Transferir para quem já vive acuado a responsabilidade de um trabalho que seria de inteligência policial?
SEGURANÇA
Pode-se até evitar um crime ou contribuir com a prisão de um ou mais bandidos, mas a vulnerabilidade em uma comunidade como a Unidos Venceremos, no Jangurussu, por exemplo, é grande. A delação, muitas vezes, torna todos suspeitos.
EXPULSÕES
Até hoje, a SSPDS não conseguiu garantir que pessoas expulsas das moradias pelas facções retornassem. No máximo, enviou viatura para acompanhar a mudança. Garantirá que a informação não saltará do papel ou que um servidor corrupto não vazará?
CONFIANÇA
O governo já se questionou por qual motivo moradores de comunidades não fazem delações já que há telefones disponíveis há muito tempo?
"ALMAS"
No mundo todo, a figura do "informante" é usada pelas polícias. O problema é premiar a "atividade" ou estabelecer relações promíscuas. Assim nascem os "almas", aquele povo que até anda armado e dá carteirada.
NORMAL
Promotores de Justiça do Núcleo de Investigação Criminal e da Corregedoria dos Presídios informam que tudo está dentro da legalidade na CPPL1 e CPPL3, penitenciárias sob intervenção desde o início os ataques.
NORMAL II
Defensoria Pública afirma que tem feito inspeções nos presídios e tem feito atendimento de familiares de presos. Já a Pastoral Carcerária cobra a lista de destino dos presos transferidos das cadeias fechadas no interior do Ceará.
SÓ ACOCHO
O Banco do Brasil da Heráclito Graça (quase esquina com Carlos Vasconcelos) diminuirá o tamanho físico da agência e reduzirá mais da metade o número de funcionários. Herança de Temer e que não será diferente com Bolsonaro.
DESPEDIDA
Jornalista Tarcísio Colares morreu ontem, aos 87 anos, de falência múltiplas dos órgãos. Trabalhou 37 anos como setorista no Aeroporto Pinto Martins.
MARCELO ROSSI
O Queremos Deus chega à 30 edição, este ano. O evento contará com Padre Marcelo Rossi, dia 17 de fevereiro, no estádio Presidente Vargas. Além da Irmã Kelly Patrícia no terço da misericórdia.
FENÔMENO NA INTERNET
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A ginasta Katenlyn Ohashi, 21, é a sensação da Internet. Um vídeo da norte-americana, dez na competição de ginastica olímpica Collegiate Challenge (EUA), tem mais 13 milhões de compartilhamentos.
SOBE
MEMÓRIA
O livro Juarez Barroso: o poeta da crônica-canção, organizado pela jornalista Natercia Rocha. Um trabalho precioso de garimpagem e contribuição para crônica e o samba.
Desce
INSUSTENTÁVEL
Fortaleza que se tornou uma cidade impermeável com tantas camadas de asfalto e pouca soluções sustentáveis de drenagem. Basta uma chuvinha e vira uma Veneza.
HORIZONTAIS
A UFC ampliou de 302 para 323 o número de pesquisadores com bolsa do CNPq. O resultado está no https://bit.ly/2FzbdnD. /// Geraldo Luciano, do grupo M. Dias Branco, é o novo membro do Conselho Consultivo do Instituto Brasil-África. /// São Gonçalo do Amarante recebe a Gincana Ceará Cultural, de 25 a 27, na praça da matriz, no Sesc e nos distritos da cidade./// Fiec sediará o seminário Rota Ceará 2020, sobre oportunidades e negócios, 24/1. ///Só lembrando: E aí, o time do Fortaleza vai pegar na chave ou só no tranco?
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