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E aí, Camilo, é Haddad ou Ciro?
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

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E aí, Camilo, é Haddad ou Ciro?

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Deve ser divulgada hoje nova pesquisa do Ibope para as eleições do Ceará. Revelados a menos de duas semanas da eleição, os números serão fundamentais para a definição de estratégias das campanhas na reta final da disputa. No caso cearense, onde a reeleição de Camilo Santana (PT) já é dada como certa dentro do "blocão" governista, chamam atenção sobretudo dois indicadores: A disputa entre Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT) e entre os candidatos a senador Eunício Oliveira (MDB) e Luís Eduardo Girão (Pros) no Estado.

 

Até agora, o único levantamento detalhado da disputa presidencial no Ceará apontava apenas o desempenho do ex-presidente Lula (PT) entre o eleitorado do Estado. Com os números de hoje, ficará claro o quanto vingou a estratégia de petistas em transferir seus votos para Haddad entre cearenses. O resultado interessa sobretudo o próprio Ciro, que tem "dever moral" de vencer em seu estado-base. Na única pesquisa divulgada sobre o tema aqui, Lula tinha vitória esmagadora, com 57% das intenções de voto, contra apenas 15% do ex-ministro. Mas, como a própria campanha cirista lembra, Haddad não é Lula.

 

Outro interessado é o governador Camilo Santana, hoje em posição confortável "em cima do muro" entre Ciro e Haddad para a disputa presidencial. A depender dos números revelados, crescerá de um lado ou de outro pressão sobre o governador por uma posição clara na disputa. Sobretudo pela chance de acirramento entre os dois presidenciáveis no "tudo ou nada" da reta final da eleição.

 

EUNÍCIO E GIRÃO

Outro dado relevante da pesquisa de hoje é a atualização da disputa entre Eunício Oliveira e Eduardo Girão pela segunda vaga do Senado pelo Ceará. Correndo por fora do todo poderoso bloco de aliança do governo, o candidato do Pros terá nos números praticamente a definição da reta final da campanha. Caso cresca, Girão passa a ser ameaça real ao emedebista e bagunça acordo da base aliada para garantir caminho livre para reeleição de Eunício. Caso permaneça onde está, o opositor terá basicamente sepultada a candidatura.

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Cid livre

Ainda falando de Senado, chama a atenção clima de "já ganhou" da campanha de Cid Gomes (PDT) para a outra vaga na Casa Legislativa. Nas últimas semanas, o ex-governador tem se dedicado quase que exclusivamente à campanha do irmão Ciro à Presidência. A própria candidatura a senador, no entanto, tem sido deixada de lado.

 

O PAPEL DO GENERAL

Hoje com pouca perspectiva de ameaçar reeleição de Camilo, o candidato do PSDB, General Theophilo, terá na pesquisa de hoje também um termômetro. Mesmo com chances remotas de vitória, a candidatura medirá no Ibope o impacto da campanha da oposição, esvaziada após acordo entre o governador, Eunício Oliveira e Domingos Filho (PSD). Caso tenha o pouco peso constatado pelo instituto, opositores ficam em cenário complicado, sem perspectiva de criação de nomes capazes inclusive de disputar a sucessão com Roberto Cláudio (PDT) em 2020. Restam ainda, como sempre, as chances de rupturas internas.

 

A URNA E O VOTO

Nas últimas semanas, diversos deputados estaduais têm subido à tribuna da Assembleia para criticar as sempre perseguidas urnas eletrônicas. Na sexta-feira passada, foi a vez de Ely Aguiar (PSDC) disparar contra o equipamento, que seria suscetível a fraudes de todo tipo. Só esquecem eles que todos foram, Ely incluso, eleitos por meio da mesma urna.

 

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