[FOTO1]

1 Os eventos adversos em hospitais são a segunda causa de morte mais comum no Brasil. Todo dia, 829 brasileiros falecem em decorrência de condições adquiridas nos hospitais, o que equivale a três mortos a cada 5 minutos. Os números integram o primeiro Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), produzido pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) a partir de um termo de cooperação entre as duas instituições.

2 Apenas para efeito de comparação, ano passado, aproximadamente 129 brasileiros morreram por acidente de trânsito, por dia. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta cerca de 164 mortes violentas, por dia. E o câncer mata 480 a 520 brasileiros por dia, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Isso significa que os eventos adversos matam mais do que a soma de acidente, latrocínio e câncer.

3 Os erros mais comuns são: dosagem ou aplicação de medicamentos incorreta, uso incorreto de equipamentos e infecção hospitalar (9,7% das ocorrências). Além de lesão por pressão, infecção urinária associada ao uso de sonda vesical, infecção de sítio cirúrgico, fraturas ou lesões decorrentes de quedas ou traumatismos dentro do hospital, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar e, infecções relacionadas ao uso de cateter e venoso central. “Não significa, necessariamente, que houve um erro, negligência ou baixa qualidade, mas se trata de incidente que poderia ter sido evitado”, esclarece o médico Renato Couto, professor da UFMG e um dos responsáveis pelo Anuário.

4 Aldenis Machado, diretor Administrativo do São Camilo Hospital Cura d’Ars, diz que para minimizar os riscos dos pacientes, foram criadas várias barreiras. “O ser humano vai errar e já contamos com esses erros. Por isso, investimos em ações, tendo como modelo os princípios da aviação, para que esses erros não atinjam os pacientes. Se o erro passar por uma barreira, temos outras para detectá-lo”.

5 Os cuidados são, por exemplo, antes da cirurgia ministração de antibiótico-terapia profilática, como proteção extra contra infecções e protocolo de isolamento para pacientes que saíram da UTI e estiveram no mesmo ambiente de pacientes com infecções. “E tentamos utilizar ao máximo material cirúrgico descartável, e o que é reutilizado passa pelas normas da Anvisa, por várias checagens e testes de garantia de estarem estéreis”, conta. O redesenho dos processos internos do São Camilo rendeu o Nível 2, dado pela Organização Nacional de Acreditação.

BATE-PRONTO

CIRURGIÃO AGEU BRASIL (CRM 3578) aborda a colocação das próteses de glúteos, que têm causado muitas polêmicas nos últimos meses, indicação e quando colocar silicone no bumbum pode causar rejeição.

O POVO – Quando o senhor indica a colocação de próteses de glúteos?

AGEU BRASIL – Nas pessoas que têm nádegas muito magras e flacidez. A enxertia de gordura não dá o mesmo resultado.

OP – A enxertia de gordura pode ser usada para potencializar o acabamento das próteses?

Ageu – Pode sim. Colocamos as próteses e fazemos o acabamento com a enxertia de gordura, nas laterais e a parte superior das nádegas.

 

OP – Como escolher o tamanho das próteses?

Ageu – As próteses são de acordo com o tamanho dos músculos de cada pessoa. Hoje, usamos muito próteses de 200 ml a 400 ml, que são inseridas por incisão feita pelo popular “cofrinho”.

OP – E como é o pós- operatório da cirurgia?

Ageu – Peço para a paciente dormir 30 dias de barriga para baixo ou de lado. Nos primeiros sete dias, é difícil sentar, causa incômodo. Depois, aconselho a sentar por cima das coxas e com o tronco inclinado para frente, nos primeiros 30 dias. Pode andar normalmente. Alta mesmo, só após quatro meses. 

 

OP – E as rejeições às próteses de silicone são comuns?

Ageu – São muito raras. O que pode acontecer são as complicações por infecções ou o surgimento de seromas (secreção gordurosa relacionada a traumas). A cirurgia no glúteo é potencialmente contaminada pela proximidade com o ânus e acontecem até 14 dias após a cirurgia, depois é raro.

GASTRONOMIA FUNCIONAL

BACALHAU EM 5 MINUTOS

Quando li a receita bacalhau, do chef Melchior Neto, do renomado Bistro 558, em São Paulo, em apenas 5 minutos já fiquei interessada em compartilhar com você e fazer o prato no tradicional Jantar das Segundas, em família, aqui, de casa. Uma ótima opção também para o feriadão da Semana Santa.

 

INGREDIENTES

1 kg de bacalhau em lascas

3 cebolas roxas (rodelas)

1 pimentão verde (rodelas)

1 pimentão vermelho (rodelas)

1 pimentão amarelo (rodelas)

3 tomates (rodelas)

4 batatas (rodelas)

500 ml azeite

 

MODO DE FAZER

Lave o bacalhau para tirar o sal. Ferva 2 litros de água e coloque o bacalhau por 5 minutos. Reserve. Em uma panela de pressão, deite uma camada de cebola em rodelas até cobrir o fundo, repita o processo com todos os ingredientes. Sucessivamente, coloque camadas de cebola, pimentões, batata, tomate e bacalhau. Regue com todo o azeite e pimenta do reino a gosto. Leve a panela ao fogo e assim que a válvula começar a girar conte 5 minutos. Deixe sair a pressão colocando a panela debaixo da torneira com a água corrente. Retire e serva com arroz branco.

 

INGREDIENTES PARA FINALIZAR O PRATO

4 ovos cozidos, 100 g de azeitonas pretas portuguesas e salsa

Galeria

Dalvo Neto na contagem regressiva para inaugurar sua clínica, na Aldeota. Hoje, o cirurgião plástico atende na Clínica Isaac Furtado