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Só falta o título
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Só falta o título


- PEDRA cantada, aqui neste canto precioso, no rádio e na TVC, cinquenta dias atrás: nem a maior catástrofe do mundo impediria o Fortaleza de chegar ao Brasileirão. Era apenas uma questão de dias. Pitonisa? Não tenho menor queda, nunca pretendi, até porque adivinhar em futebol é pecado mortal. De repente, o que é certo, vira duvidoso. E o que vira duvidoso pode espatifar-se.

 

- LOUVEI-ME pela campanha tricolor, pela vantagem aberta sobre os demais concorrentes, sobre o índice técnico, permanência sempre no G-4, no pódio a maioria das vezes. Somatório dessas características não podia dar errado. Como não deu. Cravar o acesso era tudo que precisava. E cravou longe dos olhos da sua torcida. Dentro do Brasileirão já estava, oficiosamente, fazia tempo. Agora, só falta o título. Quem duvida?

 

TABU DE ARAQUE

- FALTAVA ainda quebrar um tal tabu, que só pode ter sido invenção de algum imbecil. Há 11 anos, o Fortaleza não vencia o Atlético-GO. Dentro ou fora de Goiânia? Quem fez essa conta deve ter virado a matemática de cabeça pra baixo. Vá lá que não vencia lá dentro, porém mais de uma década é difícil engolir.

 

- POIS se estava contando com esse tabu de araque, Fortaleza foi lá, dentro do próprio alçapão do Atlético e o derrotou por 2 x 1. Não teve tabu que desse jeito, nem mudança do local da partida para um estádio minúsculo, onde o PV na frente dele é um Maracanã. Tudo isso pra beneficiar o time goiano. Todo esses tiros saíram pela culatra. Chegada ao acesso pro Brasileirão do próximo ano, apenas sacramenta uma campanha correta, digna de quem fez por onde mereceu chegar lá, com toda pompa e circunstância.

 

CHUTEIRAS TROCADAS

- NÃO caiam para trás. Em apenas cinco finalizações, duas das quais entraram e uma bateu na trave, contra vinte e quatro do Atlético-GO, o Fortaleza liquidou a fatura, ainda no primeiro tempo. O adversário que corresse atrás do prejuízo no segundo tempo, na tentativa de ao menos empatar. Com pontaria tão desastrada ou afobação demasiada, ou então todos que chutaram estavam de chuteiras trocadas.

 

O PREDESTINADO E O PAREDÃO

- BOECK debaixo das traves fez sua melhor partida pelo Fortaleza. Na hora do bombardeio do Atlético, pegou as verdes, as maduras e as podres, deixou passar um porque também não é infalível. A ele, autêntico paredão, Fortaleza deve o acesso por antecipação.

 

- PORÉM, há outro detalhe que não pode ser esquecido. Bruno Melo, ele mesmo o lateral esquerdo, é um predestinado. Ano passado na subida do Fortaleza pra Série B foi dele, de pênalti, o gol da saída daquele Inferno de Dante que demorou oito longos anos. Quis o destino fosse este mesmo Bruno Melo, emergido das bases, o autor do gol do acesso mais importante, desta vez ao Brasileirão. Não de pênalti e, sim, de cabeça. O que fazia ele ali num local que, a rigor, não é de um lateral-esquerdo? Sabe-se lá. Os predestinados são iluminados.

 

DIVISOR DE ÁGUAS

- CEARÁ, hoje a noite, mais uma segunda-feira na sua vida, em Recife, dentro do caldeirão da Ilha do Retiro, vai enfrentar o Sport, confronto direto. Detalhe altamente relevante: os dois precisam vencer por total questão de sobrevivência.

 

- TRATA-SE daquilo que resolveram chamar de divisor de águas, mais um dentre mil bordões criados no futebol. Situação de Ceará e Sport são muito parecidas. Um no calcanhar do outro. Quem vencer estará à salvo. Quem perder terá que apelar para todos os santos. Imperdível este jogo.

 

HAJA, CORAÇÃO!

- DECISÃO da Taça Fares Lopes, Ferroviário venceu ontem o Caucaia (3 x 1) no PV todo azul. Precisava de dois gols de vantagem pra, não só reverter o quadro, quanto ser campeão e estar de novo na próxima Copa do Brasil. Pra completar, ganhará a premiação de R$ 500 mil da CBF. Tem alguém na Barra que nasceu com a cara virada pra lua. Só pode ser o grande Walmir Araújo. I love you, Ferrão!

 

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