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Alan Neto: Onde mora o perigo?
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

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Alan Neto: Onde mora o perigo?

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- CEARÁ entra, a partir de hoje, contra o Bahia, na Fonte Nova, naquilo que conviemos chamar de corredor da morte do Brasileirão. Pra melhor entendimento, Alvinegro não tem direito de errar. Nem pode. Um passo em falso poderá ser fatal.

 

- CONTANDO nos dedos, de olho na infalível matemática, Ceará tem cinco jogos pela frente. Três dos quais fora de casa. Pra lograr obter os seis preciosos pontos de que tanto precisa contanto permaneça no Brasileirão. É aí onde mora o perigo.

 

- DESVANTAGEM de jogar fora contra adversários que também lutam pra sobreviverem na Série A se contrapõe aos dois jogos em casa diante de adversários relativamente fáceis. Casos do Vasco, embora nem tanto, e o Paraná, o mais fraco de todos, cuja morte foi anunciada faz é tempo.

 

- CEARÁ precisa, isto sim, cuidar de si, sem se preocupar com o que virá por aí, ou seja, jogo a jogo, ou se for o caso, repetindo aquele bordão tão batido, quanto chato ? cada partida é uma decisão. Como se todas não fossem. Cada um inventa o besteirol que quiser pra melhor passar e os imbecis acompanham.

 

CONTA DO CHÁ

 

- MAIOR problema com o qual o técnico Lisca lida, desde que entrou numa tremenda fogueira. Primeiro, por estar a disposição no mercado, desempregado, quem aparecesse ele pegaria. Foi ajudado por aquela do Robinson de Castro repetir que gosta dele por ser um técnico motivador. Bobagem. Todos são, dentro do estilo de cada um.

 

- LISCA entrou nas graças da torcida por ser marqueteiro dele próprio, fazer a festa, levantar a galera, tirando e botando o boné, sem nenhum jogador por perto. Parece animador de auditório regendo uma multidão. Criaram pra ele até mesmo aquele bordão do hospício, que não rima com doido, mas acaba dando no mesmo. Hospício e doido tem tudo a ver.

 

- PROBLEMA maior que sempre enfrentou não foi um. Foram dois. Primeiro ? não contar com um elenco de qualidade, a exceção de dois ou três, assim mesmo por muito favor. Um time em que o Quixadá se torna fator imprescindível tem algo de muito errado em tudo isso. Diante da situação é com esta conta do chá que o Lisca dispõe. Ou faz uma limonada com apenas um limão ou azedará tudo.

 

O IMPREVISÍVEL

 

- BAHIA, adversário de hoje, não é esses balaios, somada a diferença de que é imprevisível. Adversário assim, todos sabem, é aquele tipo capaz de tudo, incapaz de nada.

 

- À RIGOR não tem um grande time, apenas com a vantagem de jogar na Fonte Nova, seu caldeirão preferido. Precisamente onde reside alguma diferença, não tão grande assim, que possa assustar o Ceará. Resumo de toda esta opereta. Sorte do Ceará está sendo lançada a partir de hoje. Ou passa ileso neste corredor da morte ou fatalmente voltará de onde veio ? a insípida Série B.

 

LIÇÃO DE SABEDORIA

 

- ROGÉRIO Ceni já tem em mãos em envelope lacrado a proposta do Fortaleza pra ele renovar. Já foi dito aqui. O que nele contém é segredo maior do que o da Sierra Madre.

 

- CHATO em tudo isso não é ele aceitar ou não. Deve estar adorando a bajulação e os gritos ecoando de todos os lados. Chato mesmo é ter de aguentar o grito em coro do "fica, Ceni", "fica, Mito".

 

- GRANDE Moésio Gomes, a quem não canso de repetir, cunhou, 40 anos atrás, frase lapidar. Vale repeti-la -"Técnico, se ganhar título, jamais deveria renovar contrato e deixar seu nome gravado pra sempre".

 

- PRÓPRIO Moésio levou esta sua sentença ao pé da letra. Ao ser tetra pelo Ceará, a quem seu pai odiava e nunca o perdoou, apesar de todo clamor dos alvinegros, a partir do grande Eulino Oliveira, meteu a viola no saco e se mandou de Porangabuçu. Ainda hoje seu nome é lembrado como o grande herói do inesquecível tetra.

 

MEMÓRIA FRACA

 

- ASSEMBLEIA Legislativa homenageia o Fortaleza, merecidamente, ano do seu centenário, somado à conquista do título da Série B. Dois coelhos com uma só cajadada certeira.

 

- CONSTA quando pediram a diretoria a relação de ex-presidentes que pudessem ser homenageados foi elaborado um catatau deles.

 

- NADA contra, se não tivessem omitido o nome de Renan Vieira, um dos três maiores da história do glorioso Tricolor. Pra completar o único presidente a ganhar um tetra. Cuja repetição nem nos próximos 100 anos acontecerá.

 

- INEVITÁVEL conclusão. Ou a memória de quem elaborou é fraca ou a ingratidão continua bíblica. Como está escrito na dita cuja.

 

VEJA MAIS: FORTALEZA CAMPEÃO DA SÉRIE B COM QUEBRAS DE RECORDES | NA PRANCHETA #40

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