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Alan Neto: Festa, alegria, título
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

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Alan Neto: Festa, alegria, título

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- NEM parecia ser jogo apenas pra ratificar e carimbar o título do Fortaleza, já ganho por antecipação. Quem imaginou mero amistoso, tipo oba-oba, também errou feio. Deu até a entender que o Fortaleza estava começando ontem a sua jornada na Série B. Goleou o Juventude por 4 a 1 virando o placar adverso exatamente pra evitar alguma surpresa desagradável.

 

- SERIEDADE com que o Fortaleza encara seus adversários, pouco importando a posição em que se encontra, no caso aí, campeão por antecipação, foi uma filosofia que Ceni incutiu na cabeça dos seus comandados. Ou seja ? todo jogo é tão importante quanto fosse o primeiro. E todo adversário, seja ele o rebaixado (e fraco) Juventude, merece se dar o devido respeito que ele merece. Resumo ? nada de corpo mole, nada de jogo faz de conta, tampouco de acomodação, se o título já fora conquistado. É assim que se leva a sério o profissionalismo.

 

- MESMO sendo um jogo festivo, despedida aqui da sua torcida, fator preponderante na consagradora e vitoriosa campanha, foi uma partida boa de se ver. Embora com vitória consolidada no primeiro tempo, o Fortaleza tentou sempre ampliar essa vantagem, daí ter chegado aos quatro, diante de um Juventude brioso, apesar de tecnicamente limitado, pra não dizer fraco mesmo. Os 4 a 1 ficaram de muito bom tamanho. Missão cumprida, título conquistado, agora é se preparar para o Brasileirão do próximo ano. Mas aí é outra história.

 

O ILUMINADO

 

- DOIS gols marcados ontem, (outros dois do ótimo Marlon), Gustavo, o Gustagol, fecha seu ano de ouro como artilheiro do Brasil. Assino embaixo. Parece ser iluminado. E é. Depois de Croinha, jamais tinha aparecido um atacante com tanta fome de gol quanto o Gustavo. Exceção de Clodoaldo. Mas este foi fora de série. E jogador com este perfil só aparece de década em década e olhe lá. Fora de série não se explica. Vira ídolo e aplaude-se de pé.

 

DENTRO DOS CONFORMES

 

- FESTA da entrega da taça de campeão brasileiro, seguida de medalhas, com representante da CBF, nada contra, tudo dentro dos conformes. O Fortaleza mereceu ter a festa que teve por sua campanha histórica no ano do centenário. Pra completar, estádio tão lotado quanto naquele jogo do Paysandu, batendo assim dois recordes de público numa mesma competição. O centenário foi um ano de ouro e inesquecível. Como esquecê-lo? Jamais.

 

CASO À PARTE

 

- ANTES que esqueça. Nota à parte a festa nas arquibancadas feita pela torcida do Fortaleza. Algo indescritível, digno de todos os aplausos. A ponto de Rogério Ceni, experiente e afeito a esse tipo de comemoração no São Paulo, deixar-se tragar pela emoção. Não chorou. Mas embargou a voz. Não fora ele um dos grandes responsáveis por este feito inesquecível do Fortaleza, que entra definitivamente pra história.

 

DE QUEM PEDE PRA PERDER...

 

- DERROTA do Ceará pro Bahia (2 a 1) deixa o Alvinegro em situação vexatória, beirando a Z-4, embora ajudado pela derrota da Chapecoense. Não vem ao caso, já que ao Ceará interessa salvar sua pele, sem se importar com quem venha atrás. Não há necessidade de olhar pra casa dos outros se não se preocupar em arrumar as tralhas da sua. Outra vez aos trambolhões.

 

- JOGO contra o Bahia, em síntese, Alvinegro partiu na frente e logo tentou segurar a vantagem, recuando todo o time, pra garantir a qualquer preço o resultado. Foi tudo que o Bahia queria. Atacou em massa chegou ao empate, virou o jogo já nos acréscimos, ainda por cima com gol de letra. O 2 a 1 foi pouco. Lenda do futebol é muito clara. Time que entra em campo cheio de medos está pedindo pra perder. E o Bahia o atendeu prontamente.

 

BOCA DE FORNO...

 

... GOLEIRO, mesmo sendo o bom Éverson, que toma gol de letra, pode arranjar mil desculpas e não consegue justificar. Gol de letra é desmoralizante...

 

... QUE graça o Lisca acha no futebol do Pedro Ken e do Arnaldo pra tê-los como armas-secretas, se os dois são ruins de doer e enterram qualquer time?

 

... GORDURA de cinco pontos longe da maldita Z-4 foi se derretendo, se derretendo, tantas derrotas seguidas toda explicação que se der será em vão...

 

... APÓS o gol contra o Cruzeiro, incrível que pareça, a fonte do Arthur, como por encanto secou de novo. Voltou a ser o artilheiro sazonal. Um gol aqui e o outro sabe-se lá quando.

 

VEJA MAIS: FORTALEZA CAMPEÃO DA SÉRIE B COM QUEBRAS DE RECORDES | NA PRANCHETA #40

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